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Repetição da coalizão PT e PMDB ainda está 'no campo das probabilidades', diz Tarso Genro

Fernando Rodrigues

Do UOL, em Brasília

11/09/2013 06h00

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, considera que “está no campo das probabilidades” e ainda “é cedo” para afirmar que será reeditada em 2014 a aliança entre o seu partido, o PT, e o PMDB na disputa presidencial. Para o gaúcho, é necessário repactuar a coalizão de maneira mais “programática”.

 

Em entrevista ao programa Poder e Política, do UOL e da Folha, Genro diz reconhecer que foi “altamente positivo” o acerto entre o PT e PMDB nos últimos anos, pois foi uma aliança de estabilização. “Agora, temos de partir para uma outra etapa (...) Esse novo programa exige alianças mais definidas, mais programáticas. Uma bancada mais unificada no Congresso Nacional”.

Em 2010, a chapa presidencial vitoriosa teve Dilma Rousseff pelo PT e Michel Temer, como vice, pelo PMDB.

Apesar de governar um Estado relevante e ter uma história sólida no PT, Genro, 66 anos, ressalta que é representante de uma posição minoritária na legenda. Mas expressa sua opinião de maneira clara, o que pode produzir ruído entre os petistas e seus principais aliados, os peemedebistas.

“Nós precisamos ter alianças mais programáticas. Se vai ser o presidente Temer vice ou não, eu não sei (...). O meu partido deve colocar pontos claros da próxima aliança em obrigações programáticas para os partidos cumprirem”.

Para Genro, a melhor opção para o seu colega governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), é se manter aliado a Dilma Rousseff em 2014. “Se ele [Campos] tiver intenção de ser presidente da República, com pensamento estratégico para isso, ele seria candidato conosco em 2018”, disse.

Assim como já havia proposto em 2005, à época em que eclodiu o escândalo do mensalão, Genro continua a defender uma refundação do partido. Sua ideia é tentar reconectar o PT à sociedade, da qual se distanciou depois de mais de uma década no poder federal. Na sua avaliação, o tamanho real da militância petista hoje seria apenas 250 mil pessoas.

Ao comentar o desfecho do mensalão, Genro disse considerar que o Supremo Tribunal Federal fez um julgamento político. Para ele, “foram condenados sem provas” os petistas José Dirceu e José Genoino. “Houve uma campanha maciça, midiática, e a condenação dessas pessoas foi uma tentativa de condenar o ex-presidente Lula”, afirmou.

Acesse a transcrição completa da entrevista.

A seguir, os vídeos da entrevista (rodam em smartphones e tablets):

1) Principais trechos da entrevista com Tarso Genro (10:26)

2) Tarso: Coalizão PT-PMDB em 2014 é só uma probabilidade (3:51)

3) PT ainda precisa ser refundado, diz Tarso Genro (2:08)

4) Divisão no PT atrapalha reforma política, diz Tarso (1:46)

5) Tarso: No governo, PT se desconectou da sociedade (1:40)

6) Militantes efetivos do PT são 250 mil, diz Tarso (1:16)

7) Tarso: STF condenou Genoino e Dirceu sem provas (2:10)

8) Campos deveria se lançar com o PT em 2018, diz Tarso (2:10)

9) Tarso: No RS, chance de vitória em 2014 é alta (1:59)

10) Quem é Tarso Genro? (1:20)

11) Íntegra da entrevista de Tarso Genro (59 min.)

 

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