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Marina se filia ao PSB, apoia a candidatura de Eduardo Campos, mas não diz se será sua vice

Ueslei Marcelino/Reuters
Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters

Edgard Matsuki

Do UOL, em Brasília

05/10/2013 16h29Atualizada em 07/10/2013 09h18

Após ter o registro do partido Rede Sustentabilidade negado pelo TSE na última quinta-feira (3), a ex-senadora Marina Silva se filiou oficialmente ao PSB em cerimônia realizada neste sábado (5) em Brasília.

Durante apresentação, Marina afirmou dar total apoio à candidatura de Eduardo Campos à Presidência. Porém, ela não confirmou a informação de que seria vice do atual governador de Pernambuco nas eleições de 2014.

O apoio de Marina ao presidenciável Campos fortalece a candidato do líder do PSB. Na última pesquisa Datafolha, a fundadora da Rede aparecia com intenção de voto de 26% do eleitorado enquanto Campos tinha apenas 8% das intenções de voto. Nesta mesma pesquisa, a presidente Dilma Rousseff aparecia com 35% dos votos, e Aécio Neves, 13%.

Durante a cerimônia de adesão ao PSB, Marina Silva afirmou ter aceito a “filiação simbólica” por contar com reconhecimento da Rede  como um partido legítimo por parte do PSB: “O PSB deu uma chancela que o TSE não quis dar para a Rede”, afirmou.

Marina também afirmou que a adesão ao partido de Campos deve ser temporária. Brincando com a primeira letra do sobrenome do governador de Pernambuco, a fundadora da Rede apontou que a escolha do apoio à Campos seguiu um “Plano C”.

“Muitas vezes me perguntavam se esse era um plano A ou B. Posso dizer que esse é um plano C. O plano C é o Eduardo Campos. Escolhemos por que ele sempre nos apoiou no começo. Tivemos uma carta de apoio dele já quando resolver criar a Rede”, disse

Marina falou que as outras possibilidades após a negação do registro do Rede seriam “virar uma candidata da internet” ou “entrar em uma legenda de aluguel”.

Ela disse que descartou a hipótese de não apoiar ninguém por ser melhor para a política. “Todo mundo ia curtir a Marina como candidata à internet. Se eu fosse a Madre Tereza da política, ia fazer o previsível. Mas não quis fazer isso”, falou.

Ela disse que não aceitou o convite de outro partido para ser candidata para não repetir 2010, quando entrou no PV para disputar as eleições. 

“Quero agradecer a todos os partidos que ofereceram a vaga para mim. Mas não quis fazer como em 2010 no Partido Verde. Na época, fui com esperança, mas infelizmente o pragmatismo derrubou a esperança”, afirmou, numa alusão à frase célebre de Lula, " a esperança venceu o medo".

Durante a cerimônia, que contou com integrantes da Rede e do PSB, Campos se disse surpreso com o “Plano C” de Marina e disse que, de certa forma, terá de repensar a plataforma da candidatura.

"Sinceramente, eu esperava a candidatura de Marina como presidente pela Rede pois achava que o TSE daria um maior prazo para ela colher as assinaturas que faltavam", afirmou.

Em relação à informação de que Marina integraria a chapa para 2014 como vice de Eduardo Campos, ambos desconversaram. Marina falou que tudo depende de uma decisão da Rede.

“Eu não sou uma militante do PSB, eu sou uma militante da Rede e ela ainda não fez essa discussão”, disse Marina.

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Já Campos disse que a decisão deve vir com o tempo: “A própria Marina disse que as decisões para 2014 devem ser feitos em 2014. Concordo com ela”.

Marina também falou que os integrantes da Rede terão liberdade de apoiar os partidos que desejarem nas eleições estaduais. “Assim como em 2010, vamos dar a liberdade para a Rede apoiar quem quiser nos estados. Na minha última candidatura cheguei a apoiar o PT em alguns estados e o PSB em outros”, disse. 

Além de Marina, o deputado Walter Feldman (SP), Pedro Ivo de Souza Batista (um dos coordenadores da Rede no DF) e o deputado Alfredo Sirkis (RJ) também assinaram a filiação oficial ao PSB.