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Dilma sanciona Mais Médicos, faz balanço de pactos e elogia leilão de Libra

Médicas cumprimentam a presidente Dilma Rousseff  antes da sanção da lei que institui o programa Mais Médicos - Roberto Stuckert Filho/PR
Médicas cumprimentam a presidente Dilma Rousseff antes da sanção da lei que institui o programa Mais Médicos Imagem: Roberto Stuckert Filho/PR

Fernanda Calgaro

Do UOL, em Brasília

22/10/2013 12h49Atualizada em 22/10/2013 13h09

Ao sancionar o programa Mais Médicos, a presidente Dilma Rousseff fez nesta terça-feira (22) um balanço dos pactos apresentados por ela em junho passado, após a onda de protestos que tomou conta do país, e disse que estão todos "bem encaminhados”. O discurso da presidente, interrompido várias vezes por aplausos, teve forte tom de campanha.

Os cincos pactos propostos pela presidente foram: pacto pela responsabilidade fiscal; pela reforma política; pela saúde; pelo transporte público e pela educação.

Segundo Dilma, “o pacto da responsabilidade fiscal (...) é a mãe dos outros pactos”, porque, sem ele, “não há viabilidade”. “O desemprego se encontra num dos níveis mais baixos. E há o orçamento fiscal que esta sob controle, equilibrado.”

Em relação ao pacto pela reforma política, ela reiterou que continuará defendendo que ela aconteça para que haja um “aprimoramento das nossas regras políticas”. “Eu vou continuar a defender uma ampla reforma política que aprimore as regras da representação se faça por meio da mais ampla representação popular”, disse, sendo aplaudida em seguida.

Quando ao pacto pela mobilidade urbana, afirmou que “está avançando”. “Nós destinamos R$ 50 bilhões, além dos R$ 90 bilhões que já tínhamos aplicado para fazer a integração dos diferentes modais.”

Em relação ao pacto pela educação, a presidente ressaltou que conseguiu aprovar “75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde”.

A presidente voltou a elogiar o leilão do campo de Libra, ocorrido ontem no Rio de Janeiro. Nesta segunda-feira, Dilma já havia feito pronunciamento na televisão sobre o assunto. "O passaporte para nosso futuro é transformar essa riqueza perecível, finita, que é o petróleo, em uma riqueza infinita que é dar educação de qualidade ao povo brasileiro."

“Petróleo é petróleo e nós vamos transformar petróleo em educação, em livros, em conhecimento. Essa alquimia foi feita e eu agradeço o Congresso por transformar essa alquimia em livros, professores.”

Dilma continuou a elogiar a atuação do Congresso ao comentar a aprovação do programa Mais Médicos, bandeira principal do quinto pacto proposto por ela.

“Meu agradecimento à Câmara e ao Senado que mais uma vez demonstraram uma grande sensibilidade aos problemas nacionais.” 

Dirigindo-se ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que havia dito pouco antes que o programa Mais Médicos era um “ato de coragem” da presidente, Dilma respondeu que não se tratava de coragem, mas de dever.

“Sabe, Padilha, não é coragem, não. É dever. E quando é dever não pode haver entre a gente e um objetivo, que não pode ser intransponível”, afirmou.

A presidente também aproveitou o discurso para elogiar Padilha, cotado para ser o candidato do PT ao governo de São Paulo em 2014. "Padilha, do lado do governo, enfrentou de maneira obstinada uma oposição. Muitas vezes, passou por situações similares à do Juan, e manteve a postura firme. Uma pessoa que escutou tranquilamente as críticas, soube responder a elas com tranquilidade e demonstrou capacidade de diálogo. Ele não poderia fazer isso se não tivesse uma equipe sustentando a atuação."