Sociedade brasileira ainda é sexista e preconceituosa, diz Dilma
A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (25), no Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, que primar pela segurança feminina é condição para uma nação mais justa, cidadã e igualitária.
Em sua conta no Twitter, Dilma escreveu que, graças às lutas das mulheres, o Brasil está mudando.
“A violência contra a mulher envergonha a sociedade que, infelizmente, ainda é sexista e preconceituosa. É uma forma de preconceito do 'mais forte' contra a mulher, apenas pelo fato de ser mulher”, escreveu Dilma. Segundo ela, a Lei Maria da Penha foi o alicerce do combate à violência contra as mulheres no país.
A presidente declarou que o programa "Mulher, Viver sem Violência" é o caminho para garantir o “combate permanente e sistemático a essa violência”, destacando, entre os serviços para o atendimento às mulheres, as delegacias, a Defensoria Pública e o atendimento psicossocial.
Lançado em março, o programa prevê a construção de centros (Casa da Mulher Brasileira) em todas as capitais do país.
Além dos serviços citados pela presidente, as mulheres terão nesses espaços assistência social, acolhimento e orientação para o trabalho.
O governo espera atender cerca de 200 mulheres por dia e 72 mil por ano em cada um deles.
Devem ser investidos, até 2014, R$ 265 milhões, sendo R$ 115,7 milhões na construção dos centros, compra de equipamentos e manutenção.
A presidente já havia anunciado as "casas da mulher" durante visita ao Congresso em agosto, em sessão solene do Congresso Nacional em comemoração aos sete anos da Lei Maria da Penha.
Em nota, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, também comentou a data.
"A data foi escolhida para relembrar o assassinato, em 1960, pelo governo do ditador Trujillo, da República Dominicana, das irmãs Minerva, Pátria e Maria Teresa, organizadoras do movimento oposicionista Las Mariposas.(...) O governo federal, além de criar programas como o Mulher, Viver sem Violência, tem reforçado parcerias com Estados, municípios e o sistema de justiça para garantir a efetividade das ações. Paralelamente, conclama a sociedade a combater a impunidade dos agressores, assumindo uma atitude de tolerância zero frente à violência contra a mulher. Isso lhes assegura que elas não estão sozinhas."(Com Agência Brasil)
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