Comissão Municipal da Verdade de São Paulo conclui que JK foi morto pela ditadura
A Comissão Municipal da Verdade de São Paulo concluiu que não restam dúvidas de que o ex-presidente da República Juscelino Kubitschek, morto em um acidente de carro em 1976, foi assassinado pela ditadura militar.
Na terça-feira (10), o vereador Gilberto Natalini (PV), presidente da comissão, apresentará relatório que, de acordo com ele, contém mais de 90 provas e indícios de que JK foi vítima de um atentado planejado pelos militares em 22 de agosto de 1976, quando o ex-presidente viajava pela rodovia Presidente Dutra, perto do município de Resende (RJ).
"Não temos dúvida de que Juscelino Kubitschek foi vítima de conspiração, complô e atentado político", disse Natalini.
O documento baseia-se nos depoimentos de ao menos quatro testemunhas à Comissão da Verdade da cidade de São Paulo, entre elas Josias Nunes de Oliveira, motorista do ônibus Cometa que bateu contra o Opala dirigido pelo ex-presidente.
Testemunhas dizem que JK foi assassinado
Em 1964, com o golpe militar, Juscelino perdeu o mandato de senador por Goiás e teve direitos políticos suspensos.
Em 1966, JK tentou organizar uma frente pela redemocratização do país, junto com Carlos Lacerda e João Goulart, mas não voltou mais ao poder. Afastou-se da política e dedicou-se ao trabalho como empresário.
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