Topo

Decisão do STF sobre CPI da Petrobras no Senado sai após o feriado, diz Aécio

Senador Aécio Neves (PSDB-MG) durante entrevista - Orlando Brito/OBritoNews
Senador Aécio Neves (PSDB-MG) durante entrevista Imagem: Orlando Brito/OBritoNews

Fernanda Calgaro

Do UOL, em Brasília

15/04/2014 16h49Atualizada em 15/04/2014 18h27

A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a abrangência da CPI da Petrobras a ser instalada no Senado só deve sair na semana que vem, após o feriado de Tiradentes, segundo informou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), depois de se reunir nesta terça-feira (15) com a ministra Rosa Weber, relatora do processo.

“Entre terça e quarta-feira [que vem], ela [Rosa Weber] nos antecipou isso, que, após o retorno do feriado, estará em condições de proferir a sua decisão”, afirmou Aécio, que foi ao encontro acompanhado do líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), e do líder do DEM no Senado, José Agripino (RN).

A magistrada tem nas mãos a tarefa de decidir se temas referentes a diferentes assuntos podem ser investigados pela mesma CPI, como querem os governistas.

A oposição defende a abertura de uma comissão exclusivamente para tratar das denúncias envolvendo a estatal, mas, em retaliação, a base aliada quer incluir também o escândalo do cartel no Metrô de São Paulo, a construção do Porto de Suape e as obras da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, numa tentativa de atingir o PSDB e o PSB, adversários da presidente Dilma Rousseff (PT) nas eleições de outubro.

Enquanto isso, hoje no Congresso, está prevista a instalação de uma CPI mista, integrada por deputados e senadores. Na sessão marcada para as 19h, o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), deverá ler dois pedidos de abertura de comissão, um apresentado pela oposição e outro, pelos governistas, com escopo mais amplo, em uma polêmica idêntica à que acontece no Senado.

Mesmo com a abertura de uma comissão mista, Aécio defendeu, porém, a importância de o tribunal se manifestar sobre o tema para, segundo ele, “garantir que as minorias tenham preservado o direito de investigar o governo”. “O assunto Petrobras é muito grave, mas o que está sendo decidido pelo Supremo tem uma dimensão muito maior”.