Opinião: Barbosa 'não tinha equilíbrio' para presidir STF nem 'rabo-preso'
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, não tem "equilíbrio" para chefiar a mais alta Corte do país e tampouco teve "rabo-preso" com nenhum partido político, segundo o juiz aposentado Wálter Maierovitch, presidente do Instituto Brasileiro Giovanni Falcone de Ciências Criminais e ex-secretário nacional Antidrogas da Presidência da República.
“Ele jamais deveria ter sido presidente do Supremo. Ele não tem o jogo de cintura, não tem equilíbrio para exercer o cargo”, afirmou Maierovitch. “Ele não gosta de ser contrariado, não sabe respeitar a decisão de um colegiado e desrespeitava colegas”.
Para ele, no entanto, Barbosa foi um bom ministro, “um juiz independente, sem ‘rabo-preso’ e imparcial. Ele interpreta a lei, nunca foi acusado de suspeição. E ele teve mérito para chegar ao Supremo, não era parente de ninguém, não era candidato de partido politico algum e nem foi imposto pelo Parlamento”.
De acordo com Maierovitch , Barbosa fez “boas análises das provas” de julgamentos dos quais participou, mas é considerado “mão de ferro” na questão da dosimetria das penas.
“Outro dado positivo é que ele não aproveitou a popularidade em cima do julgamento do mensalão para se afastar e disputar algum cargo público”, afirmou.
Barbosa e duas decisões na Corte
Biografia
Barbosa, 59, estudou direito na UnB (Universidade de Brasília) e possui mestrado e doutorado pela Universidade de Paris. É professor licenciado da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). É fluente em francês, alemão, inglês e italiano.
Antes do STF, integrou o Ministério Público Federal por 19 anos (1984-2003). Ocupou ainda diversos cargos no serviço público: foi chefe da Consultoria Jurídica do Ministério da Saúde (1985-88), advogado do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) (1979-84), oficial de chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinque, Finlândia.
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