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'Quem faz campanha negativa é quem não tem propostas', diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff  (PT) e o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) durante convenção nacional do PSD - Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
A presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) durante convenção nacional do PSD Imagem: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Bruna Borges

Do UOL, em Brasília

25/06/2014 14h30

A presidente Dilma Rousseff fez críticas nesta quarta-feira (25) a adversários que façam “campanha negativa” durante as eleições.

“Quem precisa fazer campanha negativa é quem não tem propostas para o país e quem não tem o que mostrar”, declarou Dilma ao discursar na convenção nacional do PSD, em Brasília. O partido aprovou apoio à sua reeleição.

A presidente também disse que há temor de que a campanha eleitoral, a partir de julho, busque acirrar antagonismos políticos, levando-os “ao nível rasteiro de mentiras e más informações”.

“Muitos temem a radicalização que pode se dar a caminho, mas uma candidatura que tem muito que mostrar, muitas ideias para discutir, não precisa fazer campanha negativa”, afirmou.

Dilma destacou ainda que provocações durante a campanha pode “rebaixar o clima do debate” político.

“Essa campanha vai exigir muito de cada um de nós. De mim, do meu partido e do PSD e de todos os partidos aliados. Exigir principalmente serenidade de nós para que nós não aceitemos provocações”, disse.

Dilma disse ainda que políticos fazem acordos por "conveniências" e não por "convicções" acabam possuem uma “esperteza que tem vida curta".

“A política que aprendi a praticar desde a minha juventude e que inclusive me levou a prisão, implica em construir relações que sejam baseadas não em conveniências, mas em convicções. Acredito que nós na vida política não podemos prescindir do compromisso com a verdade, com a ética e com o sentimento de parceria, com a solidariedade, com o respeito e civilidade”, afirmou.

A declaração ocorre após o abandono do PTB em apoiar sua reeleição e a negociação com o PR para sua permanência na aliança. Dilma, no entanto, não citou nomes ou partidos.

A presidente voltou a criticar o pessimismo de adversários que criticavam a realização da Copa do Mundo no Brasil.

“Os aeroportos, que não iam ficar prontos, estão prontos e estão funcionando sem atrasos, e isso é fruto do povo brasileiro. Não levou três dias para o ‘caos’ desaparecer, para que nós enterrássemos o ‘não vai ter Copa’”, defendeu.

Dilma concluiu seu discurso afirmando o país precisa de partidos que busquem o consenso. “Nós precisamos de uma reforma política feita na base das consultas e que olhe para todos os problemas. Temos que ter a capacidade de agir de forma republicana.”