JBS nega relação entre doações e empréstimos com o BNDES
O grupo JBS, por meio de sua assessoria de imprensa, negou que haja relação entre as doações feitas pelas suas empresas a políticos e os empréstimos tomados junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Entre 2005 e 2014, a empresa tomou R$ 2,5 bilhões emprestados do banco estatal e, desde 2006, doou R$ 463 milhões, o equivalente a 18,5% do valor emprestado.
Segundo nota enviada pela empresa, não há vínculo entre as doações e os empréstimos. “A tentativa de criar tal vínculo, que nunca existiu, não existe e não existirá” demonstraria interesse em “manchar a reputação e a história de reputação e a história de uma empresa com mais de 60 anos, e denegrir a imagem de seus produtos”.
Questionada sobre o favorecimento ao PT em sua política de doações, a empresa descartou qualquer influência do partido e negou que esteja “devolvendo” parte dos recursos emprestados pelo BNDES. A empresa fez doações ao PT, mas também ao PMDB e ao PSDB nas últimas eleições.
“É leviana, difamatória e caluniosa, a tentativa (...) de dizer, de forma explícita ou implícita, que a JBS estaria ‘devolvendo’ a partidos ou candidatos, por meio das doações legais realizadas pela companhia, parte dos recursos dos BNDES aplicados na JBS”, informou a empresa.
Ainda de acordo com a nota, as transações entre o BNDES e a JBS são lucrativas para o banco estatal. Segundo a empresa, o banco comprou ações da JBS por um preço médio de R$ 7,86 entre 2007 e 2011 e que “se considerarmos o fechamento das ações da JBS no último dia 15 de janeiro, de R$ 10,65 por ação, o BNDES estaria lucrando 35,5%”.
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