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No RS, Dilma volta a criticar FHC e descarta problemas com energia elétrica

Do UOL, em Brasília

27/02/2015 17h00

Pela segunda vez em uma semana, a presidente Dilma Rousseff (PT) voltou a criticar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que governou de 1995 a 2002. Durante a inauguração de um parque eólico no Rio Grande do Sul, Dilma disse que se o Brasil tivesse mantido a infraestrutura do “passado”, as estiagens que atingem o Nordeste e o Sudeste atualmente fariam o Brasil ter racionamento de energia elétrica. Dilma disse também que o aumento nas tarifas das energia é temporário e que não há risco de “problemas energéticos”.

Dilma não citou nominalmente o ex-presidente FHC, mas referiu-se ao período em que o Brasil viveu racionamento de energia, em 2001, quando o tucano presidia o país.

“É a maior seca no Nordeste dos últimos 100 anos (...) é a maior seca do Sudeste também. No passado, se ocorresse isso, nós estávamos hoje diante do maior racionamento. Não estamos (em racionamento) porque temos (energia) eólica, termoelétrica e porque o nosso sistema de transmissão é robusto”, disse a presidente.

Dilma criticou a performance do governo FHC na geração de energia elétrica. “Nos quatro anos do meu primeiro governo, nós conseguimos ampliar a produção de energia em mais de 21 mil megawatts. Em oito anos da época do racionamento, eles [governo FHC] não conseguiram produzir 21,8 mil megawatts que nós produzimos em quatro anos”, afirmou.

Na última sexta-feira (20), a presidente Dilma também criticou o ex-presidente FHC ao falar sobre a corrupção na Petrobras. Na ocasião, Dilma disse que se as casos de corrupção na estatal tivessem sido investigados na década de 90, casos como os investigados pela operação Lava Jato poderiam não ter acontecido.

Tarifas

Ao falar sobre o aumento de tarifas, Dilma disse que o reajuste nas contas de energia elétrica que entrou em vigor neste ano será "passageiro". Segundo ela, o aumento é resultado da falta de água nos reservatórios das principais usinas hidrelétricas do país.

“Os aumentos dos preços da energia são passageiros. Estão (ocorrendo) em função do fato de que o país enfrenta a maior falta de água dos últimos cem anos. Isso não significa que vamos ter qualquer problema sério ou mais sério na área de energia elétrica”, afirmou a presidente, que evitou usar a palavra "racionamento".