Topo

Para ministro, atos estão 'dentro da normalidade democrática'; veja reações

Do UOL, em São Paulo *

16/08/2015 20h21Atualizada em 18/08/2015 20h26

Na tarde deste domingo (16), a presidente Dilma Rousseff se reuniu no Palácio da Alvorada, em Brasília, com ministros da articulação política para fazer um balanço das manifestações realizadas durante todo o dia pelo país, na qual mais de 790 mil pessoas participaram. Segundo apurou o jornalista do UOL Fernando Rodrigues, a presidente determinou que nenhum de seus ministros dê entrevistas a respeito das manifestações.

Até o momento, o mais próximo de uma declaração oficial partiu da Secretaria de Comunicação Social. Segundo o ministro Edinho Silva, o governo "viu as manifestações dentro da normalidade democrática''.

O líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), afirmou que os acontecimentos envolvendo o governo essa semana enfraqueceram as manifestações. "O povo brasileiro tem consciência, tem acesso à informação, não entra no embalo de alguns. Se a passeata ganha caráter só de impeachment, as pessoas acham que não há motivo para isso", disse.

O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), concorda com o colega senador. "A semana do governo foi decisiva para uma participação menor. O posicionamento de muitos empresários contra o impeachment, até mesmo a posição da Rede Globo, movimentos pró-Dilma (Marcha das Margaridas etc.) e as redes sociais ajudaram bastante nesta última semana", disse.

"As pessoas estão cansadas. Viram, com o tempo, que não tem base legal e constitucional [para o impeachment] e entendem que o governo tem ainda um certo tempo de se recuperar", disse o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), que também considera que os atos ainda marcam a insatisfação da população com o governo. "Muitas coisas estão começando a ser revertidas mas ainda é preciso que governo apresente soluções melhores para a economia".

* Com Folha de S. Paulo