Após manifestações, governo evita "pedir desculpas" e fala em otimismo
Um dia após as manifestações contrárias à presidente Dilma Rousseff (PT), o governo evitou “pedir desculpas” e falou em “otimismo” em relação a um novo período na agenda política.
A avaliação foi feita pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, durante entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (17), em Brasília.
O que nós queremos é a construção de uma agenda, de um ambiente de otimismo, para que a gente acredite e temos que acreditar na força do nosso país e que em breve, se nós brasileiros acreditarmos no país que estamos construindo, o Brasil voltará a crescer”, afirmou Edinho Silva.
A entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira aconteceu após a reunião da coordenação política do governo que reuniu 16 pessoas, entre a presidente Dilma, o vice-presidente Michel Temer (PMDB), ministros, senadores e deputados. Para o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), a aproximação do governo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), abriu um “novo período” político.
“É um novo período que se abriu semana passada, mesmo considerando as manifestações”, afirmou Guimarães.
Edinho Silva disse que a presidenta Dilma reconheceu as manifestações do último domingo como importantes. “A reação da presidenta Dilma [às manifestações] é a reação de uma mulher que luta pela democracia, que reconhece a importância das mobilizações, mas encara como fazendo parte do regime democrático”, afirmou.
Edinho Silva questionou a nota emitida pelo presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Marcus Vinicius Coêlho, na qual ele afirma que a presidente Dilma deveria pedir “desculpas” ao Brasil. “Penso que, se trabalhar para a manutenção dos empregos no Brasil, se trabalhar pela renda da população, sobretudo a população mais marginalizada historicamente deste país, se trabalhar pela manutenção de programas sociais é um equívoco, então que se constate o equívoco”, disse o ministro.
Mesmo rebatendo a declaração do presidente da OAB, Edinho Silva afirmou que o governo respeita o posicionamento da instituição e que ela será “ouvida e será tratada com o respeito que essa manifestação merece”.
Mudança de tom
No último domingo (16), manifestações contrárias ao governo da presidente Dilma Rousseff e contra o PT foram realizadas em todos os Estados do Brasil e no Distrito Federal. Diferentemente de manifestações ocorridas nos últimos meses, as manifestações tiveram a participação dos principais líderes da oposição como o senador Aécio Neves (PSDB-MG), Aloysio Nunes (PSDB-SP) e José Serra (PSDB-SP).
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