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Reforma ministerial tem que fidelizar bancada, diz líder do governo no Senado

Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado - Douglas Pereira/UOL
Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado Imagem: Douglas Pereira/UOL

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

30/09/2015 17h10Atualizada em 30/09/2015 17h20

O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), disse nesta quarta-feira (30) que a prioridade durante a reforma ministerial será distribuir ministérios a quem tenha “votos” e que a ideia é “fidelizar” as bancadas do governo na Câmara dos Deputados e no Senado. “A gente precisa de ministro que tenha voto. Ministro que tenha condição de influenciar as bancadas. Acho que essa reforma tem que coesionar (sic) e fidelizar não só a bancada do governo na Câmara, mas também no Senado”, afirmou Amaral minutos antes de ele se reunir com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para discutir a agenda de votação de vetos presidenciais.

A reforma ministerial prometida pelo governo no início do mês foi anunciada como uma forma de cortar gastos. Havia a estimativa de que o governo cortasse pelo menos 10 das 39 pastas. O governo, que enfrenta resistência de partidos da base aliada para aprovar medidas do chamado ajuste fiscal, deverá ampliar o espaço do PMDB nos ministérios. Dos atuais seis, o partido iria para sete ministérios

Segundo Amaral, as mudanças nos ministérios são importantes para que o governo consiga viabilizar a votação de medidas do ajuste fiscal. Ele negou, no entanto, que o PT esteja criando dificuldades para que o governo faça a reforma. “A conta não é a quantidade de pastas, mas a importância de determinadas pastas. Às vezes você pode dar não sei quantos ministérios, e serem ministérios de pouca representatividade. Às vezes você tem dois ou três ministérios que valem por cinco ou seis”, afirmou.

Ontem, o petista Arthur Chioro foi demitido do cargo de ministro da Saúde e deve dar lugar ao deputado Manoel Júnior (PMDB-PB). 

Ainda sem confirmar a transferência de Jaques Wagner do Ministério da Defesa para a Casa Civil, no lugar de Aloizio Mercadante, Delcídio elogiou Wagner.
“Não posso questionar a qualidade de um camarada que ganhou três eleições na Bahia. Duas como candidato a governador, uma lançando o seu sucessor e tudo no primeiro. Um cara que chega numa situação dessas, ele bate um bolão em qualquer posição”, afirmou.