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Nova fase da Lava Jato no Rio mira operador de Cabral

Cabral, preso em novembro do ano passado, é apontado como líder do grupo - Rodrigo Félix/Agência de Notícias Gazeta do Povo/Estadão Conteúdo
Cabral, preso em novembro do ano passado, é apontado como líder do grupo Imagem: Rodrigo Félix/Agência de Notícias Gazeta do Povo/Estadão Conteúdo

Do UOL, no Rio

02/02/2017 07h22

A Polícia Federal e o MPF (Ministério Público Federal) realizam nesta quinta-feira (2) a terceira fase da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro. Agentes cumprem mandado de prisão preventiva contra Ary Ferreira da Costa Filho, conhecido como Aryzinho e apontado como operador financeiro do esquema de cobrança de propina chefiado pelo ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).

A PF também cumpre mandados de busca e apreensão em imóveis de Aryzinho, que mora na Barra da Tijuca, na zona oeste carioca, e de pessoas ligadas a ele. As diligências foram autorizadas pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio.

Aryzinho começou a trabalhar com Cabral na década de 1980 e, de acordo com procuradores da força-tarefa da Lava Jato, em 1996, começou a trabalhar em um cargo comissionado no gabinete do ex-governador e então deputado estadual.

Posteriormente, o investigado teve passagens por várias secretarias no governo do peemedebista no Rio. Tornou-se assessor especial do ex-chefe do Executivo fluminense e, até poucos dias, estava no governo do sucessor de Cabral, Luiz Fernando Pezão (PMDB).

A operação de hoje é a terceira contra o esquema de corrupção do grupo liderado por Cabral e que, segundo o MPF, teria arrecadado milhões em propinas de obras de grandes empreiteiras com o Estado no período em que o político foi governador do Rio, de 2007 a 2014.

Cabral foi detido na primeira fase da Calicute, em novembro do ano passado, e hoje ocupa uma das celas do presídio Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste.

Além disso, pelo menos nove acusados de atuarem como operadores financeiros do esquema de Cabral, entre doleiros e responsáveis por cobrar e transportar os pagamentos ilícitos, já foram presos pela PF no Rio desde que a Calicute foi deflagrada, em 17 de novembro de 2016. (Com Estadão Conteúdo)