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Messi e Neymar terão inveja, diz Lula sobre dobradinha com Marinho em 2018

Lula: quero disputar contra alguém com o logotipo da Globo na testa

UOL Notícias

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

01/12/2017 22h55Atualizada em 02/12/2017 14h17

A dupla formada pelos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Luiz Marinho, respectivamente candidatos à Presidência da República e ao governo do Estado de São Paulo, faria "inveja" às duplas de ataque no futebol compostas pelos jogadores Pelé e Coutinho ou Neymar e Messi. A comparação foi feita pelo próprio Lula nesta sexta-feira (1º), ao lançar o nome de Marinho para o cargo no Palácio dos Bandeirantes, em 2018.

Governando o Brasil e São Paulo, eu e o Marinho vamos fazer uma dobradinha que Pelé e Coutinho, Messi e Neymar ficarão com inveja.

O evento foi no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), e começou às 21h30, com três horas e meia de atraso em relação ao horário anunciado.

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Lula destacou a trajetória de candidatos petistas em disputas passadas ao governo de São Paulo e disse que Marinho, a quem se referiu em mais de uma ocasião como "caipira do interior", é o que "tem mais chances" até agora.

O ex-presidente citou a própria candidatura ao governo, em 1982, a do ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio (1930-2014), a da ex-prefeita Marta Suplicy, hoje senadora e desde 2015 no PMDB, e as dos ex-ministros José Dirceu, José Genoino, Aloizio Mercadante e Alexandre Padilha, em disputas travadas de 1990 até 2014.

"Mesmo entre candidatos do PT ao governo, acho que o Marinho é que tem mais condições de ganhar as eleições e governar o Estado de São Paulo", disse. Segundo Lula, Genoino, com pouco mais de 40% no segundo turno de 2002, teve "a melhor performance nossa" desde então.

"O Marinho está preparado para governar o Estado de São Paulo. Conheci ele muito jovem, convivemos há quase 40 anos e acho que ele pode ser o candidato do PT com mais condições de ganhar o governo de SP", disse o ex-presidente.

Por que acho que o Marinho tem mais chances? Porque vamos para uma campanha mostrando o período de maior evolução social, que foi o governo do PT. O momento em que os pobres tiveram maior crescimento de renda que os ricos proporcionalmente.

O evento de lançamento da pré-campanha ao governo aconteceu no sindicato que projetou Lula e Marinho para a vida política, no fim dos anos 1970, com as grandes greves do setor de metalurgia e, nos anos 1980, com a criação da CUT (Central Única dos Trabalhadores), ainda hoje a maior central sindical do país.

Sem citar o governador Geraldo Alckmin, principal nome do PSDB para a sucessão presidencial, Marinho fez críticas a setores como habitação, transporte, saúde e educação no Estado.

"Os companheiros do interior ou da capital que vieram hoje sabem bem o sufoco para chegar até aqui. O Rodoanel só está na dimensão que está porque teve pesadamente recursos do governo federal", disse o petista, que mencionou ainda "o verdadeiro extermínio da nossa juventude nas periferias das nossas cidades".

Lula compara Temer a "marido desempregado"

No ato, Lula reforçou as críticas ao governo do presidente Michel Temer (PMDB), a quem comparou a um "marido desempregado que vende tudo em casa", em vez de trabalhar para dividir as despesas com a mulher.

Agora a moda no Brasil é sair vendendo tudo. O Temer é aquele marido desempregado que, ao invés de procurar serviço, sai vendendo as coisas de casa.

Ele simulou um discurso imaginário com a mulher, Marisa Leticia, falecida em fevereiro passado, como se ele próprio vendesse da geladeira ao colchão para, supostamente, resolver as questões de caixa do lar. "Você vai vender tudo, e vai continuar na merda", afirmou.

O ex-presidente ainda mencionou detalhes de uma rotina de quem, segundo ele, será candidato novamente à Presidência.

Se eu tivesse juízo, eu ficaria em casa, porque eu já fui presidente. E as pesquisas de opinião dizem que eu fui o melhor presidente; não vou ficar em casa. Eu levanto todo dia, faço de 7 a 8 km de esteira, faço musculação e vou me preparar para derrotá-los na urna – e não porque eu queira, mas porque o país precisa.