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'Bolsonaro arma acordão para dobrar valor do fundão', diz vice da Câmara

Deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), vice-presidente da Câmara - Reprodução / Facebook
Deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), vice-presidente da Câmara Imagem: Reprodução / Facebook

Do UOL, em São Paulo

20/07/2021 13h03Atualizada em 20/07/2021 14h18

O vice-presidente da Câmara Federal, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou que Jair Bolsonaro (sem partido) está armando um acordão para dobrar o valor do fundo eleitoral e passar o montante de R$ 1,7 bilhão para R$ 4 bilhões.

Segundo Ramos, as declarações recentes do Presidente da República são "fanfarronices" e que a verdade "sempre aparece".

Presidente Bolsonaro. Acordão de 4 bilhões, não! Vete total! Cumpra sua palavra! E não espere o último dia do prazo não! Vete hoje e devolva pro Congresso porque aí o voto é obrigatoriamente nominal! Atenção! Depois de toda a fanfarronice, o presidente Bolsonaro está armando um acordão pra dobrar o valor do fundo e passar pra 4 bilhões! A verdade sempre aparece!
Marcelo Ramos (PL-AM), vice-presidente da Câmara dos Deputados

Sete parlamentares acionaram o STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar anular as votações da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2022, aprovada pelo congresso na última quinta-feira (15). Entre elas consta o aumento do "fundão" — como é popularmente chamado o fundo eleitoral — de R$ 1,7 bilhão para R$ 5,7 bilhões.

O mandado de segurança foi assinado pelos deputados federais. Entre eles está Adriana Ventura (Novo-SP), Daniel Coelho (Cidadania-PE), Felipe Rigoni (PSB-ES), Tabata Amaral (PDT-SP), Tiago Mitraud (Novo-MG) e Vinicius Poit (Novo-SP), além do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

Kassio Nunes será relator de ação

O ministro do STF, Kassio Nunes Marques, será o relator da ação movida por parlamentares no Supremo contra o fundo eleitoral.

Apesar do sorteio — procedimento padrão do STF —, como o ministro está de férias, o pedido poderá ser analisado pela ministra Rosa Weber, que assume de forma integral a presidência da Corte durante o recesso do Judiciário.

A ministra deverá decidir se a questão é urgente ou não diante do regime de trabalho no STF, que hoje está em esquema de plantão.