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Moro diz que é alvo do PCC por trabalho como juiz e ministro

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) - Pedro França/Agência Senado
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) Imagem: Pedro França/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

22/03/2023 17h02Atualizada em 22/03/2023 19h14

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) disse hoje no Plenário que a motivação do PCC (Primeiro Comando da Capital) contra ele foi sua atuação como juiz e ministro.

Ou nós os enfrentamos, ou quem vai pagar são não só as autoridades, mas também a sociedade. Tem que fazer com políticas rigorosas, inteligentes, não podemos nos render."
Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça

O que mais Moro disse?

  • O senador disse ter se tornado alvo por seu trabalho como juiz e ministro: "Fomos duros".
  • Moro fez comparações com armas, mas disse não falar no sentido literal: "Se eles vêm para cima da gente com uma faca, a gente tem que usar revólver. Se eles usam revólver, a gente tem que ter uma metralhadora. Se eles têm metralhadora, temos que ter um tanque. Não no sentido literal, mas temos que reagir".
  • O ex-juiz falou em ataques com características terroristas: "Estamos assistindo, atônitos, os ataques à população civil no Rio Grande do Norte, ataques com características terroristas. Espero que as autoridades sejam bem-sucedidas, temos que intensificar o combate ao crime organizado".

Moro foi alertado em janeiro sobre os planos do PCC para matá-lo. Hoje mais cedo, o senador disse que a família dele também era alvo.

Além disso, ele lembrou juízes assassinados por punir grupos criminosos e citou três nominalmente: Patrícia Accioli, Antonio Machado Dias e Alexandre Martins.

Ao menos 25 senadores se solidarizaram publicamente no plenário com o ex-ministro, de diferentes partidos e estados. O tom, no entanto, foi distinto entre os parlamentares de oposição e de governo.

Os senadores contrários ao governo tentaram imputar ao presidente Lula a falta de controle do crime organizado. Já os aliados defenderam a independência e o fortalecimento das instituições.

O líder do PT, Fabiano Contarato (ES), por exemplo, lamentou o ocorrido com Moro, mas disse que falta razoabilidade em tentar associar o plano do PCC a Lula e que o chefe do Executivo mantém a PF atuante.