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Expectativa de vida do brasileiro aumenta quatro meses a cada ano

Do UOL

Em São Paulo

02/08/2013 10h00Atualizada em 02/08/2013 12h32

A expectativa de vida no Brasil aumentou de 62,5 anos, em 1980, para 73,7 anos, em 2010, o que equivale a um acréscimo de 4 meses e 15 dias de vida por ano, em média, ao longo das últimas três décadas. Os dados fazem parte das Tábuas de Mortalidade IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apresentadas nesta sexta-feira (10).

Expectativa de vida avança, apesar de desigualdade entre regiões

  • Arte UOL

A análise inclui não apenas os resultados do Censo Demográfico de 2010, como também estatísticas provenientes do Registro Civil e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde para o ano de 2010.

A diferença, em relação a dados divulgados no ano passado pelo próprio IBGE,  é que a nova análise traz informações por regiões e Estados, e também envolve o grupo etário de 90 anos ou mais, que não fazia parte das divulgações anteriores.

A expectativa de vida das mulheres (77,3 anos) foi superior à dos homens em 7,1 anos. Em 1980, essa diferença era de 6 anos. Segundo o IBGE, o acréscimo é reflexo da maior exposição da população masculina a mortes por causas externas (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos etc).

Violência

O documento divulgado pelo instituto explica que o fenômeno é típico de regiões que passam por um rápido processo de urbanização ?sem a devida contrapartida de políticas voltadas, particularmente, para a segurança e o bem-estar dos indivíduos que vivem nas cidades?.

O nível mais alto de mortalidade de homens em relação a mulheres é ainda mais explícito para os jovens: na faixa de 20 a 24 anos, a probabilidade de um homem não chegar aos 25 é 4,4 vezes maior do que a mesma probabilidade para a população feminina.

Segundo o Registro Civil, cerca de 10% de todas as mortes registradas em 2010 são consideradas violentas ? sendo 83,9% provenientes da população masculina. Para o total de homens mortos por violência, o grupo de 15 a 29 anos contribuiu com 40,3%.