Topo

Operação da PF contribui para impedir fraude no Mais Médicos, diz Saúde

Do UOL, em São Paulo

18/10/2013 13h03

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta sexta-feira (18) ser positiva qualquer atitude para evitar fraudes, referindo-se sobre a operação da Polícia Federal contra um esquema de emissão de diplomas falsos de medicina que eram revalidados para o exercício da profissão no Brasil.

  • Arte UOL

    Saiba qual a proporção de médicos em cada Estado e o panorama em outros países

Informações preliminares da PF indicam que alguns desses profissionais investigados estão ligados ao programa Mais Médicos. "Uma ação como essa é muito bem-vinda", disse Padilha.

"Quando o ministério recebe a documentação do Mais Médicos, ele repassa a lista para a Polícia Federal para que ela faça algum tipo de checagem e não só da documentação, mas dos antecedentes das pessoas que procuram se inscrever. Essa checagem feita pela Polícia Federal e também uma operação como essa podem contribuir fortemente para que não exista qualquer tipo de fraude ou tentativa de inscrição no programa de profissionais que não seja médicos. Estamos sendo muito rigorosos", afirmou após participar do programa Bom Dia, Ministro.

Segundo Guilherme Torres, delegado da PF no Mato Grosso, responsável pela Operação Esculápio – em referência ao deus da medicina e da cura na mitologia greco-romana – não há ainda informações que comprovem a inscrição com esses diplomas falsos no programa Mais Médicos.

 

"O que a gente identificou é que com esses diplomas eles poderiam entrar no Mais Médicos, mas, como ainda não fizemos a análise do material, não podemos afirmar que eles tentaram entrar no programa", afirmou.

De acordo com a PF, as investigações tiveram início depois que a Universidade Federal do Mato Grosso entrou em contato com universidades bolivianas (Universidad Nacional Ecológica, Universidad Técnico Privada Cosmos e Universidad Mayor de San Simon), que confirmaram que entre os inscritos no programa de revalidação, 41 nunca foram alunos ou não concluíram a graduação nessas instituições.

Na análise dos documentos, a Polícia Federal constatou que desses 41 inscritos, 29 foram representados por advogados ou despachantes que fizeram a inscrição dos supostos médicos no Programa Revalida. Ainda de acordo com a PF, os acusados vão ser intimados a prestar esclarecimentos e poderão ser responsabilizados pelos crimes de uso de documento falso e falsidade ideológica.

A operação já expediu 41 mandados de busca e apreensão pela 7ª Vara Criminal da Justiça Federal no Mato Grosso. Os mandados estão sendo cumprindo em 14 estados – Mato Grosso, Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Roraima, Rio Grande do Sul e São Paulo.

(Com Agência Brasil)