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Síria afirma ter derrubado avião e drone militar de Israel; Estado hebreu nega

13/09/2016 06h02

Damasco, 13 Set 2016 (AFP) - O exército da Síria anunciou nesta terça-feira que derrubou um avião militar e um drone israelenses no sul do país e na província de Damasco, após um ataque contra suas posições.

Israel desmentiu a informação de maneira imediata.

"Não há nada certo nas afirmações", declarou à AFP o porta-voz do exército israelense, o major Arye Shalicar.

"Dois mísseis terra-ar foram disparados da Síria após a missão (de Israel) durante a noite contra posições da artilharia síria. A segurança da aviação não se viu comprometida em nenhum momento", afirmou outro porta-voz militar, o coronel Peter Lerner.

De acordo com o exército sírio, a "força aérea do inimigo israelense executou 1H00 (19H00 de Brasília, segunda-feira) uma agressão contra uma de nossas posições militares na província de Quneitra (sul)".

"Nossa defesa aérea respondeu derrubando um avião militar no sudoeste da província, assim como um avião de reconhecimento no oeste de Saassaa, na província de Damasco", afirma um comunicado divulgado pela agência oficial Sana.

Antes do anúncio sírio, o exército israelense informou ter bombardeado nesta terça-feira posições das Forças Armadas sírias após a queda de um projétil procedente do território sírio na parte das Colinas de Golã controlada por Israel.

O ataque teve como alvo "posições de artilharia do regime sírio no centro das Colinas de Golã em resposta a um projétil" que caiu na segunda-feira em território controlado por Israel, sem provocar vítimas, destacou o exército do Estado hebreu em um comunicado.

Uma fonte militar israelense afirmou à AFP que a queda do projétil provavelmente não foi intencional, sendo apenas uma consequência do "conflito interno na Síria".

O exército israelense responsabiliza o governo sírio por qualquer disparo procedente de seu território, independente da origem.

O incidente de segunda-feira foi o quarto em nove dias.

Israel se esforça para não ter envolvimento no complexo conflito que devasta a Síria desde 2011. Mas o país bombardeia alvos militares do governo sírio toda vez que acontecem disparos que atravessam a fronteira.

O Estado hebreu retirou da Síria 1.200 quilômetros das Colinas de Golã durante a Guerra dos Seis Dias em 1967 e anexou a faixa territorial, uma medida que nunca foi reconhecida pela comunidade internacional.

rim-bur/fp