Primeiro-ministro japonês não pedirá perdão em Pearl Harbor
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, prestará homenagem aos mortos em Pearl Harbor, mas não pedirá perdão durante a viagem, a primeira de um líder japonês à base americana, disse um porta-voz do governo.
"O propósito desta visita é recordar os mortos da guerra, mas não pedir perdão", afirmou o porta-voz do governo, Yoshihide Suga, em uma entrevista à imprensa.
"A visita vai servir como uma oportunidade para mostrar às futuras gerações nossa resolução de não repetir os horrores e o sofrimento da guerra, além de uma oportunidade para mostrar a reconciliação entre os japoneses e os Estados Unidos", completou.
A viagem acontece depois de uma visita histórica de Barack Obama a Hiroshima, a primeira de um presidente dos Estados Unidos no exercício do cargo à cidade atingida pela primeira bomba nuclear.
Abe prestará homenagem aos mortos no bombardeio à base do Havaí, que provocou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial em 1941.
O ataque japonês contra a base americana, que matou mas de 2.400 soldados e civis, completa 75 anos em 2016.
A Segunda Guerra Mundial terminou em agosto de 1945, depois que os Estados Unidos lançaram duas bombas nucleares em Hiroshima e Nagasaki, que forçaram o Japão a uma rendição.
Abe, um político nacionalista que já foi criticado por tentar minimizar o papel do Japão na guerra, pretende viajar ao Havaí nos dias 26 e 27 de dezembro para uma reunião com Obama e visitar a base de Pearl Harbor.
Quando Obama viajou a Hiroshima em maio, os dois governantes visitaram um memorial em homenagem às vítimas.
Apesar do presidente americano ter feito um apelo para que as armas nucleares sejam abolidas, não pediu perdão pelos ataques a Hiroshima e Nagasaki.
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