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Iêmen: manifestantes invadem o palácio presidencial em Adén em protesto

16.mar.2021 - Manifestantes protestam em Adén, no Iêmen, contra as más condições de vida e contra a desvalorização da moeda  - Saleh Al-OBEIDI / AFP
16.mar.2021 - Manifestantes protestam em Adén, no Iêmen, contra as más condições de vida e contra a desvalorização da moeda Imagem: Saleh Al-OBEIDI / AFP

16/03/2021 13h49

Centenas de pessoas invadiram brevemente nesta terça-feira (16) o palácio presidencial de Adén, capital provisória do Iêmen, para protestar contra as más condições de vida e contra a desvalorização da moeda neste país assolado por anos de guerra civil.

Segundo a AFP, guardas do palácio lançaram tiros de advertência enquanto os manifestantes avançavam, alguns com bandeiras do movimento separatista do sul. A multidão ficou no interior do edifício durante uma hora, antes de se dispersar.

Um responsável do governo disse à AFP que forças de segurança iemenitas e sauditas escoltaram os membros do gabinete, incluindo o primeiro-ministro Main Said, até um edifício militar dentro do complexo presidencial.

Os manifestantes, entre os quais estavam militares aposentados e agentes de segurança, marcharam pelas ruas desta grande cidade do Iêmen, onde está a sede do governo reconhecido pela comunidade internacional.

Eles explicaram à AFP que protestavam pela falta de serviços públicos e pelo atraso no pagamento dos salários.

O governo iemenita foi constituído em dezembro em um acordo de poder compartilhado, mediado pela Arábia Saudita, entre ministros leais ao presidente Abd Rabo Mansur Hadi e partidários do Conselho de Transição do Sul (STC), braço político dos separatistas.

Esses dois lados lutam contra os rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, mas o STC busca recuperar a independência do sul do país, unificado com o norte em 1990.

Os habitantes de Adén consideram que o novo governo não fez nada para frear a inflação ou para solucionar os frequentes cortes de energia elétrica.

A guerra civil entre as forças do governo, apoiadas por uma coalizão militar liderada por Riade, e os rebeldes houthis, devasta o país desde 2014 e provocou a pior crise humanitária atual no mundo, segundo a ONU.

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