Comissão do Impeachment dispensa última testemunha após ouvir três técnicos
A Comissão Processante do Impeachment dispensou a última testemunha das quatro marcadas para serem ouvidas hoje (15). O relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), propôs a dispensa do consultor de Orçamento do Senado Hipólito Gadelha após questioná-los se ele tinha participado diretamente da edição dos decretos legislativos ou assinado ato que subsidiasse a edição dos decretos. O consultor respondeu que não e foi dispensado. O consultor de Orçamentos do Senado Hipólito Gadelha Remígio foi dispensado de testemunhar na Comissão Processante do Impeachment pelo relator Antonio Anastasia
Antes, a comissão ouviu três pessoas arroladas pela defesa. O consultor jurídico do Ministério do Planejamento, Walter Baere, que participou da elaboração da defesa de Dilma Rousseff na primeira fase do processo, foi convidado na condição de informante e disse que o Tribunal de Contas da União (TCU) nunca fez alertas formais sobre a ilegalidade da edição de decretos de suplementação orçamentária por parte da presidenta. "O TCU, sobretudo, tem o dever legal específico de fazer alertas quando há possibilidade de não se atingir as metas fiscais. O Congresso tem a função de fiscalizar o Executivo. Sou consultor do Planejamento há quatro anos e não tenho conhecimento de nenhum alerta nesse período", disse. Antes de Baere, os senadores ouviram o subsecretário de Orçamento e Administração do Ministério da Previdência Social, José Geraldo França Diniz, que falou sobre a complexidade do processo de liberação dos decretos de suplementação orçamentária. Segundo ele, os documentos são analisados por técnicos e a presidenta não tinha como fazer uma análise criteriosa deles. "A presidente Dilma assinou, mas já chegou a ela definido e seria humanamente impossível para ela fazer análise. Tem decreto com 200 páginas de anexos, cálculos e planilhas. Imagina submeter a maior autoridade do país a isso", disse. Pela manhã, a comissão ouviu o depoimento do ex-secretário adjunto da Secretaria de Orçamento Federal (SOF) do Ministério do Planejamento, Cilair Rodrigues. Ele também falou sobre o processo de elaboração dos decretos e disse que não há como a presidenta ou qualquer ministro modificar os documentos depois de eles serem elaborados pelas assessorias jurídicas. "Quando sai da SOF, sai o documento pronto. Sai o texto do decreto, todos os anexos. Aliás, ninguém consegue fazer um anexo se não for a SOF, porque só nós temos acesso ao sistema. Inclusive, nem o gabinete do ministro, nem a Casa Civil, não é possível, ele não pode alterar", disse. Amanhã, mais cinco testemunhas devem ser ouvidas pela comissão. A reunião está marcada a partir das 11h. Serão ouvidos o ex-secretário executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa; o ex-secretário executivo adjunto do Ministério da Educação, Wagner Vilas Boas; a subsecretária de Planejamento e Orçamento do Ministério da Educação, Iara Ferreira Pinheiro; o diretor do Departamento de Programas Sociais da Secretaria do Orçamento Federal, Felipe Daurich Neto e o diretor do Departamento de Programas Econômicos da Secretaria do Orçamento Federal, Clayton Luiz Montes.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.