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Advogados e assistentes sociais visitam edifício de Eike ocupado no Rio

O edifício Hilton Santos foi ocupado na madrugada da última terça (7) - Júlio César Guimarães/UOL
O edifício Hilton Santos foi ocupado na madrugada da última terça (7) Imagem: Júlio César Guimarães/UOL

No Rio

13/04/2015 14h10

Advogados e assistentes sociais da Defensoria Pública do Rio de Janeiro fazem uma visita à ocupação do Edifício Hilton Santos, no bairro do Flamengo, na tarde desta segunda-feira (13). Inicialmente, os policiais militares que fazem a vigilância do local quiseram impedir a entrada de parte da equipe, mas acabaram liberando o acesso após anotarem o nome e identificação de todos.

"Essas famílias estão em cárcere privado. Quem sai eles não deixam mais entrar e agora não querem deixar a Defensoria Pública entrar? Isso é um absurdo", disse Maria Lúcia Pontes, defensora que coordena a ação.

Na sexta-feira (10), a Defensoria Pública entrou com um pedido de suspensão da liminar concedida pela 36ª Vara Cível para a reintegração de posse. Na visita desta tarde, os advogados e assistentes sociais pretendem cadastrar todas as famílias, dando prioridade às mulheres com crianças. O edifício pertence ao Clube de Regatas do Flamengo, mas está sob controle do grupo EBX, de Eike Batista, que pretendia transformá-lo em um hotel.

Reintegração

A Polícia Militar fará na manhã de terça (14) a reintegração de posse do prédio, ocupado há seis dias por cerca de 90 pessoas. A operação será realizada com apoio da Guarda Municipal e das Secretarias Municipais de Direitos Humanos e Assistência Social.

A ocupação ocorreu na madrugada do último dia 7, majoritariamente por removidos em 26 de março de um terreno da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), na zona portuária do Rio.