Colégios criam games a serviço da aprendizagem
No Colégio Porto Seguro, na zona sul da capital, os alunos fazem jogos como parte das atividades de português, história, geografia e matemática. Para isso, a escola usa desde plataformas específicas com linguagem de programação até jogos já conhecidos dos alunos, como o Minecraft, uma febre entre os adolescentes. "Os olhos dos alunos brilham com a possibilidade de aprenderem a como criar um game. Eles têm muita motivação e engajamento", disse Joice Lopes Leite, coordenadora de tecnologia da instituição.
No Colégio Santa Maria, o desenvolvimento de jogos eletrônicos era feito apenas em oficinas, mas, ao ver o envolvimento dos alunos, a direção decidiu incluir o projeto na grade curricular regular para os estudantes do 4º ano do ensino fundamental. "Os games fazem parte do cotidiano e a ideia de produzir o próprio jogo é muito motivadora. Eles têm muita curiosidade com a tecnologia e podemos usar isso para que tenham mais interesse nas outras disciplinas", afirmou Muriel Rubens Alves, coordenador de tecnologia do colégio.
As aulas de tecnologia acontecem uma vez a cada 15 dias e os alunos têm um bimestre para montar um jogo com um tema proposto pelos professores. "Com essa proposta, eles desenvolvem raciocínio lógico, aprendem a se organizar e o mais importante é que ficam engajados. Os alunos percebem que o professor não precisa nem sabe tudo, mas que eles podem ir atrás desse conhecimento", contou Alves. Segundo ele, para qualquer tipo de jogo, os adolescentes também trabalham com a produção de textos, já que precisam montar um enredo e regras específicas.
No Colégio Rio Branco, na região central de São Paulo, as aulas de criação de games são extracurriculares para os alunos do ensino fundamental 2 (turmas do 6º ao 9º ano). As aulas iniciais são para que eles entendam os princípios da linguagem de programação e fiquem mais confortáveis com esse universo. "Mas a maioria já chega até familiarizada com essa linguagem por conta do que jogam em casa, como o Minecraft", disse Jorge Farias, professor de tecnologia da escola paulistana.
Para ele, o maior benefício do desenvolvimento dos jogos é que os alunos ganham autonomia e aprendem a trabalhar em cooperação para criar o próprio projeto. "Eles criam as próprias regras e, por isso, têm mais liberdade de pensamento do que simplesmente jogar o que outras pessoas desenvolveram. E eles gostam de dividir com os colegas o que descobriram sozinhos, então ficam muito mais solidários."
Futuro
Para Farias, os jogos não apenas envolvem os alunos, mas também introduzem uma linguagem que futuramente vão precisar durante a vida. "Muitos desses jovens vão trabalhar com a linguagem de programação, que é cada vez mais difundida e vai ser cobrada futuramente no mercado de trabalho", disse.
Já Alves afirmou que é uma tendência do colégio colocar a tecnologia não como um material de apoio, mas como uma ferramenta para potencializar o aprendizado.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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