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'Vemos no Brasil um clima de ódio, é o PT de ponta-cabeça', afirma Alckmin

05.out.2018 - O ex-governador Geraldo Alckmin, presidente do PSDB - Daniel Ramalho/AFP
05.out.2018 - O ex-governador Geraldo Alckmin, presidente do PSDB Imagem: Daniel Ramalho/AFP

Aline Bronzati

Em São Paulo

05/05/2019 14h31

O ex-governador de São Paulo e presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou hoje que o Brasil está tomado por um clima do ódio e comparou o governo do presidente Jair Bolsonaro, sem mencioná-lo, a um "PT de ponta-cabeça", a um "PT ao inverso". Além disso, ele disse que o Brasil tem hoje, segundo ele, uma agenda com ideologia ultrapassada e que não conversa com os anseios do povo.

"A economia não anda porque o Brasil ficou caro, ideologicamente ultrapassado em termos de agenda. Não é a agenda do povo", disse Alckmin, durante discurso na convenção estadual da legenda, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

O ex-governador de SP criticou também a posição do governo Bolsonaro na questão da flexibilização da posse de armas. "Querem distribuir armas à vontade e voltar ao velho oeste. Quem mata bandido mata também gente inocente", disse Alckmin.

Ele enfatizou ainda que todos os partidos estão hoje enfraquecidos, inclusive, o PSDB. Segundo Alckmin, as eleições são circunstanciais e os partidos permanentes, por isso, é preciso refletir sobre esse ponto.

"Devemos hoje voltar à nossa história e princípios, valores e origem. Temos que fortalecer o que fez a origem do PSDB, que é a social-democracia", afirmou Alckmin, acrescentando que o PSDB não existiria se não fosse Mário Covas.

Sobre a reforma da Previdência, ele garantiu que será feita uma "boa reforma" e que ela está em boas mãos com o deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP), que foi escolhido no mês passado para ser o relator da matéria na Câmara. "Para gente rica, aposentadoria do INSS é gorjeta", emendou Alckmin.