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Moro manda PF investigar suposta inclusão fraudulenta envolvendo Hélio Negão

Bolsonaro e o deputado federal Hélio Negão em evento da Marinha, no Rio - Divulgação
Bolsonaro e o deputado federal Hélio Negão em evento da Marinha, no Rio Imagem: Divulgação

Fausto Macedo e Pepita Ortega

Em São Paulo

10/09/2019 13h49

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, mandou a Polícia Federal (PF) investigar suposta inclusão fraudulenta de um homônimo do deputado Hélio Lopes (PSL/RJ), conhecido como Hélio Negão, em inquérito sobre crime previdenciário. Por meio do ofício 1.841 desta segunda-feira, encaminhado ao diretor-geral em exercício da PF, delegado Disney Rossetti, o ministro determina "a imediata apuração dos fatos no âmbito administrativo e criminal, com a identificação dos responsáveis".

A inclusão forjada de um homônimo de Hélio no inquérito teria sido o estopim da crise que derrubou o superintendente da PF no Rio, delegado Ricardo Saadi. Amigo do presidente Jair Bolsonaro, o deputado não é alvo da investigação. Em agosto, o presidente criticou publicamente Saadi, atribuindo ao delegado problemas de "produtividade".

No despacho dirigido a Rossetti, o ministro da Justiça faz menção à nota publicada no Painel da Folha de S.Paulo nesta segunda-feira.

"Diante da notícia publicada da aparente inclusão fraudulenta do nome do deputado federal Hélio Negão em inquérito que tramita perante a Polícia Federal do Rio de Janeiro e que teria por objeto condutas de pessoa com o mesmo apelido, isso, segundo a matéria, com o aparente intuito de manipular o Governo Federal contra a Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, determino a imediata apuração dos fatos no âmbito administrativo e criminal, com a identificação dos responsáveis", destacou Moro.

O ministro pede a Rossetti que o mantenha informado sobre os desdobramentos da investigação.