Investigação sobre causas de incêndio em prisão de Honduras é iniciada
Uma equipe de especialistas dos Estados Unidos inicia hoje a investigação sobre as causas do incêndio na penitenciária de Comayagua, no centro de Honduras, no qual morreram mais de 350 na noite de terça-feira.
Os especialistas são membros da Equipe de Resposta Internacional do Bureau de Bebidas Alcoólicas, Tabaco e Armas de Fogo, que oferece "assistência técnica e forense e supervisiona as investigações de incêndios e explosivos em todo mundo", segundo a Embaixada norte-americana.
Centenas de familiares continuam nos arredores do necrotério do Ministério Público à espera dos corpos carbonizados devidamente identificados. No entanto, 48 horas depois incêndio, apenas dez foram entregues aos parentes das vítimas pelas autoridades forenses, dado o lento processo de identificação e autópsias dos cadáveres, do qual participam profissionais do Chile, El Salvador e México.
O Comitê de Familiares de Presos Desaparecidos de Honduras (Cofadeh) denunciou ontem que uma fuga planejada teria causado o incêndio. Segundo a organização, um sobrevivente da tragédia relatou que a fuga estava combinada com a polícia e que o diretor do centro de detenção sabia sobre o pagamento realizado aos agentes de segurança.
O episódio ocorreu justamente em um momento em que a sociedade hondurenha pede uma limpeza na polícia porque muito de seus membros estão supostamente envolvidos com o crime organizado.
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