Candidato a primeiro-ministro italiano se demite por escândalo
O candidato a primeiro-ministro italiano e presidente do partido "Fazer para interromper o declínio", Oscar Giannino, apresentou sua demissão após um escândalo envolvendo sua formação superior.
A razão da demissão foi a descoberta de que Giannino não tinha diploma de ensino superior, nem mestrado, ao contrário do que ele mesmo declarou durante as campanhas eleitorais italianas.
O escândalo que envolveu Giannino, um dos fundadores do novo movimento político de inspiração liberal e que vinha crescendo nas pesquisas de voto, começou na segunda-feira, quando um outro fundador do "Fazer", o economista Luigi Zingales, professor da Faculdade de Cconomia da Universisade de Chicago, escreveu uma longa mensagem no Facebook na qual denunciava a falta de títulos acadêmicos de Giannino e apresentava sua demissão do partido.
Giannino, jornalista econômico muito conhecido na Itália, declarou em várias entrevistas concedidas durante a campanha eleitoral ser formado em Economia e Direito e ter mestrado na Universidade de Chicago. Zingales, por sua vez, disse ter descoberto "por acaso" a falsidade dos títulos acadêmicos.
Hoje foi convocada uma reunião do comitê central do partido, durante a qual Giannino apresentou suas demissões como presidente.
"É uma regra clara: quem erra, paga. Deve valer na política, com o dinheiro público, e eu começo do particular", escreveu Giannino no Twitter, anunciando a decisão de se demitir.
A cúpula do partido decidiu nomear a advogada Silvia Enrico como novo presidente de "Fare".
É a primeira vez na historia da Itália que um candidato a primeiro-ministro apresenta as demissões a poucos dias das eleições gerais, que irão acontecer nos dias 24 e 25 de fevereiro.
O partido "Fazer para interromper o declino", foi fundado em dezembro de 2012 e estava conquistando sempre mais consenso, sobretudo na classe média italiana. A formação chegou a ser fonte de preocupação para o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que atacou Giannino várias vezes durante a campanha eleitoral, alegando que os votos ao "Fazer" eram "inúteis".
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