Jesuíta italiano teria sido sequestrado na Síria
DAMASCO, 30 JUL (ANSA) - Um grupo de ativistas sírios informou à Reuters que o padre jesuíta italiano Paolo Dall'Oglio teria sido sequestrado por um grupo de jihadistas ligados a Al Quaeda na cidade de Raqqua, no norte da Síria.
O religioso estava no local "em missão" na cidade, controlada por milícias fundmentalistas islâmicas. Ele mesmo informou da chegada em sua página no Facebook, sem especificar a razão de sua viagem. "Rezem por mim, porque eu tenha sorte nessa missão para qual eu vim até aqui", escreveu o religioso na rede social.
O Ministério das Relações Exteriores da Itália não confirmou o sequestro de dom Dall'Oglio, se limitando a anunciar que está realizando todas as verificações necessárias. O Vaticano também não confirmou o sequestro de Dall'Oglio. A ANSA constatou que o religioso não responde mais as ligações que chegam em seus telefones.
Segundo as fontes citadas pela Reuters, o religioso teria sido sequestrado em quanto andava na rua, por um grupo de milicianos do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, organização filiada a Al Quaeda e ligada a grupos jihadistas que lutam contra o regime de Bashar al Assad.
Dom Dall'Oglio, jesuíta de 59 anos, promoveu por mais de 30 anos o dialogo entre Islã e cristianismo na Síria. Fundador da comunidade monástica de São Moises o Abissínio, por longo tempo foi chefe da comunidade monástica de Mar Musa, no norte de Damasco. Em junho de 2012 foi expulso pelo governo sírio após ter tomado abertamente posição em favor do plano de paz do então enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria, Kofi Annan.
Em fevereiro desse ano, o religioso regressou à Síria do Curdistão iraquiano em uma "peregrinação da dor, do testemunho e da solidariedade com um povo inteiro", atravessando cidades e vilarejos bombardeados pelas forças do governo de Damasco. No dia 24 de julho, o jesuíta apresentou um pedido pessoal ao papa Francisco, para promover "uma iniciativa diplomática urgente e inclusiva para a Síria", garantindo dessa forma "o fim do regime torturador e assassino" da família Assad.
Essa não seria a primeira vez que religiosos cristãos acabam sendo sequestrados por rebeldes no norte da Síria. No dia 22 de abril, perto de Alepo, dois bispos ortodoxos foram raptados voltando de uma missão em uma localidade próxima a fronteira da Turquia. A razão desses sequestros seria o apoio da Igreja Ortodoxa síria ao regime de Assad, temendo que em caso de queda do atual governo, grupos fundamentalistas islâmicos sunitas tomariam o poder em Damasco. Leia mais em ansabrasil.com.br (ANSA)
O religioso estava no local "em missão" na cidade, controlada por milícias fundmentalistas islâmicas. Ele mesmo informou da chegada em sua página no Facebook, sem especificar a razão de sua viagem. "Rezem por mim, porque eu tenha sorte nessa missão para qual eu vim até aqui", escreveu o religioso na rede social.
O Ministério das Relações Exteriores da Itália não confirmou o sequestro de dom Dall'Oglio, se limitando a anunciar que está realizando todas as verificações necessárias. O Vaticano também não confirmou o sequestro de Dall'Oglio. A ANSA constatou que o religioso não responde mais as ligações que chegam em seus telefones.
Segundo as fontes citadas pela Reuters, o religioso teria sido sequestrado em quanto andava na rua, por um grupo de milicianos do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, organização filiada a Al Quaeda e ligada a grupos jihadistas que lutam contra o regime de Bashar al Assad.
Dom Dall'Oglio, jesuíta de 59 anos, promoveu por mais de 30 anos o dialogo entre Islã e cristianismo na Síria. Fundador da comunidade monástica de São Moises o Abissínio, por longo tempo foi chefe da comunidade monástica de Mar Musa, no norte de Damasco. Em junho de 2012 foi expulso pelo governo sírio após ter tomado abertamente posição em favor do plano de paz do então enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria, Kofi Annan.
Em fevereiro desse ano, o religioso regressou à Síria do Curdistão iraquiano em uma "peregrinação da dor, do testemunho e da solidariedade com um povo inteiro", atravessando cidades e vilarejos bombardeados pelas forças do governo de Damasco. No dia 24 de julho, o jesuíta apresentou um pedido pessoal ao papa Francisco, para promover "uma iniciativa diplomática urgente e inclusiva para a Síria", garantindo dessa forma "o fim do regime torturador e assassino" da família Assad.
Essa não seria a primeira vez que religiosos cristãos acabam sendo sequestrados por rebeldes no norte da Síria. No dia 22 de abril, perto de Alepo, dois bispos ortodoxos foram raptados voltando de uma missão em uma localidade próxima a fronteira da Turquia. A razão desses sequestros seria o apoio da Igreja Ortodoxa síria ao regime de Assad, temendo que em caso de queda do atual governo, grupos fundamentalistas islâmicos sunitas tomariam o poder em Damasco. Leia mais em ansabrasil.com.br (ANSA)
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