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Egito pede cessar-fogo imediato na Líbia

25/08/2014 09h47

BENGASI e TRÍPOLI, 25 AGO (ANSA) - O ministro egípcio do Exterior, Sameh Shoukry, pediu nesta segunda-feira (25) um "cessar-fogo imediato na Líbia e o início de um diálogo nacional que represente todas as partes". Isso porque os confrontos entre milícias islâmicas e o Exército nacional aumentam a cada dia.   

Hoje, três mísseis Grad atingiram o aeroporto de Labraq, no leste do país. Segundo testemunhas, o ataque não causou danos.   

Porém, o atentado na quarta maior cidade líbia, entre Bengasi e Tobruk, foi em uma área considerada "segura" pelas autoridades centrais.   

Na semana passada, o governo do país estudava fechar o espaço aéreo líbio para proteger os civis, já que os milicianos buscam o controle dos aeroportos de todo o território para aumentar seu poder de lançamento de mísseis e foguetes.   

E um dos grupos jihadistas que tentam controlar a Líbia, o Ansar al Sharia, pediu hoje que todas as milícias islâmicas se unam "pela sharia" (lei islâmica) e "contra a liberdade democrática".   

Atualmente, o grupo terrorista controla 80% do território de Bengasi - e chegaram até a decretar um Estado Islâmico na região.   

"Unam-se aos mujahidin [combatentes islâmicos] de Bengasi e defendam com eles os mesmos objetivos. Refutem qualquer projeto ocidental. Proclamem a vossa luta com o objetivo de aplicar a sharia e não aquilo de legitimidade democrática", escreveu o grupo em um comunicado divulgado pela internet.   

No sábado (23), outro grupo jihadista, o Fajr Libia, anunciou ter controlado o aeroporto da capital Trípoli. O espaço está fechado desde o início dos fortes combates na região, no dia 13 de julho. Em resposta a atuação do Fajr Libia, o Exército do país matou, ao menos, 13 milicianos na mesma região de Trípoli.   

E no meio dos conflitos, o Parlamento da Líbia nomeou um novo chefe do Estado Maior. Abdel Razak Nazuri assumiu o posto de Abdul Ati al-Obeidi, informou a imprensa local. A mudança foi necessária por al-Obeidi não conseguir impedir os confrontos no território.   

Os confrontos no país começaram no mês passado e, com exceção da Embaixada italiana, todas as nações retiraram seus representantes diplomáticos da Líbia. Centenas de pessoas já morreram nos combates em diversos locais do território. (ANSA)
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