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Ataques aéreos causam mais de 60 mortes na Síria

09/09/2014 09h36

BEIRUTE e ROMA, 09 SET (ANSA) - Mais de 60 pessoas morreram em ataques aéreos do Exército da Síria em áreas no norte do país controladas pelo Estado Islâmico (EI, ex-Isis), informou o Observatório Nacional para os Direitos Humanos (Ondus) nesta terça-feira (09). Segundo a entidade, várias mulheres e crianças estão entre as vítimas dos oito ataques realizados entre domingo (07) e ontem (08), entre as cidades de Deir er Zor e Raqqa.   

Algumas dessas regiões atingidas foram transformadas em quartéis militares ou locais de prisões pelos jihadistas. Os ataques em Deir er Zor tinham na mira uma escola em Sabikhan, onde estavam refugiadas pessoas da tribo dos Shaythat, e a escola agrícola de Haijin, onde o EI colocou sua sede regional. Já em Raqqa, foram atingidos postos alimentares que distribuíam farinha aos desabrigados.   

Rússia O ministro russo do Exterior, Sergei Lavrov, afirmou em uma coletiva de imprensa que a Rússia teme que os Estados Unidos possam atacar também os militares de Bashar al-Assad. "Temos a suspeita de que eles possam atacar não somente as áreas sírias controladas pelos militantes do Estado Islâmico, mas que possam usar a ocasião para bombardear as forças do governo para enfraquecer as posições de Assad", disse Lavrov.   

Coalizão anti-EI A ministra italiana do Exterior, Federica Mogherini, evidenciou a intenção de criar uma coalizão para combater o Estado Islâmico, "sobretudo fora da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan)". A ideia é uma união "a partir dos países árabes e islâmicos, com uma pluralidade de instrumentos - não somente militares - mas, sobretudo de ajuda humanitária".   

Mogherini também pediu apoio no fronte para "o controle do fluxo econômico e financeiro para conter o abastecimento e o acesso aos recurso do EI". Ela ainda ressaltou que é necessário evitar "lutas entre a civilização e a guerra de religiões" e também "qualquer referência ao Islã" quando se fala de "organizações que não há nenhum respeito aos elementos religiosos". Oxfam A Oxfam - organização que luta para conseguir um impacto maior contra a pobreza e a injustiça - afirmou hoje que a resposta da comunidade internacional à crise na Síria foi "falha" em três frentes: ajuda "insuficiente", ajuda para os refugiados "escassa" e "contínua" transferência de armas. A entidade pediu "com urgência" à Organização das Nações Unidas para impor um embargo a chegadas das armas de todos os países.   

Para "os governos dos países mais ricos" o pedido é para ajudar os milhares de sírios em fuga a encontrar um lugar seguro.   

(ANSA)
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