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Monumentos ficam azuis para o Dia Mundial do Autismo

Alessandro Buzas/ Agência O Dia/ Estadão Conteúdo
Imagem: Alessandro Buzas/ Agência O Dia/ Estadão Conteúdo

02/04/2015 18h30

ROMA, 2 ABR (ANSA) - Importantes prédios públicos em todo o mundo foram tingidos de azul na noite desta quinta-feira (2) como parte das comemorações pelo Dia Mundial de Conscientização do Autismo, instituído em 2007 pelas Nações Unidas (ONU).   

A capital da Itália, por exemplo, foi iluminada devido à ocasião. O local escolhido em Roma foi a fonte Barcaccia - vandalizada por torcedores do time holandês Feyenoord antes de um jogo pela Liga Europa no começo deste ano. Sobre o assunto, o presidente do país, Sergio Mattarella, disse que é preciso encontrar formas para que o Estado garanta uma assistência completa às pessoas autistas "por toda a vida" e que isto é, portanto, uma das bases "sobre a qual se mede a civilidade de um país".   

O dia também foi marcado pela constatação de avanços nos estudos da doença. Um dos exemplos é a pesquisa europeia guiada pela Universidade Campus Biomédico, em Roma, que investiga as causas genéticas do autismo por meio de uma técnica de análises inovadora.   

Segundo o professor de neuropsiquiatria infantil da universidade, Antonio Persico, em um prazo talvez menor que o previsto será possível desenvolver tratamentos personalizados para a patologia.   

"O fator preponderante da origem do autismo é certamente o genético, mas foram identificados também elementos ambientais que podem, sozinhos, causar a doença, se a exposição acontecer na fase pré-natal", afirmou.   

Persico explica que algumas infecções virais no primeiro e segundo trimestres de gravidez e alguns pesticidas podem gerar o autismo. "Para todas as outras hipóteses faltam evidências suficientes, não sendo verdadeiras ou sendo propriamente lendas urbanas", disse o professor.   

Ele também aponta a importância de um diagnóstico precoce da doença para que seja adotado o melhor tratamento possível para cada caso. Equipes multidisciplinares e especializadas já conseguem diagnosticar crianças da faixa etária de dois a três anos. (ANSA)

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