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Primeiros imigrantes de polêmico plano da UE chegam à Suécia

09/10/2015 13h03

CIAMPINO, 09 OUT (ANSA) - Um grupo de 19 imigrantes eritreus, que estava morando na Itália, foi transferido para a Suécia como parte do polêmico plano da União Europeia de redistribuir os estrangeiros ilegais que chegam ao bloco. Os eritreus voaram em um voo fretado da Guarda de Finanças da Itália nesta sexta-feira (09) e cinco deles haviam chegado à ilha de Lampedusa na semana passada. "Busco serenidade e paz, aquilo que não tinha na Eritreia", diz Michelle, 26 anos, que estava no voo ao lado de seus conterrâneos. No aeroporto de Ciampino, eles foram saudados pelo ministro italiano do Interior, Angelino Alfano, e pelo comissário europeu para a Imigração, o grego Dimitris Avramopoulos.   

O polêmico plano da UE prevê redistribuir 150 mil deslocados que chegam ao continente europeu, especialmente nas ilhas italianas e gregas. O pacto foi fechado de maneira polêmica, já que uma mudança feita às pressas na legislação interna trocou a necessidade de aprovação de todos os 28 Estados-membros por aquela de uma maioria simples + 1. A assinatura causou protestos, especialmente, dos países do Leste Europeu. Hungria, República Checa, Romênia e Eslováquia votaram contra a medida, mas, mesmo contra a vontade, os três primeiros aceitaram participar da divisão. Já a Eslováquia não aceitou e anunciou que vai contestar legalmente o tratado.   

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), só em 2015, mais de 580 mil pessoas atravessaram o Mar Mediterrâneo para alcançar a Europa. Destes, pouco mais de 441 mil pessoas foram à Grécia e 136 mil à Itália. Mais de três mil pessoas já morreram nessa perigosa travessia.   

Ainda de acordo com os dados da OIM, na Itália, chegaram mais de 30 mil eritreus, 15 mil nigerianos, oito mil somalis, sete mil sudaneses e quase sete mil sírios. Já nas ilhas gregas, mais de 175 mil sírios, 50 mil afegãos, 11 mil paquistaneses, 10 albaneses e nove mil iraquianos já chegaram em 2015. (ANSA)
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