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Cuba e EUA discordam sobre leis de imigração

Em Havana (Cuba)

01/12/2015 13h44

Quase um ano após o anúncio da retomada de suas relações, os governos de Cuba e Estados Unidos debatem em Washington problemas imigratórios, enquanto cerca de 4.000 cubanos continuam presos na Costa Rica.

Há décadas existem complexos problemas migratórios entre os países, e Cuba reiterou seu rechaço à "Lei de Ajuste Cubano", que qualifica os cubanos ilegais como perseguidos políticos, e outras normas como a política "pés secos-pés molhados", que dá residência a dissidentes que consigam chegar a solo norte-americano, enquanto devolve a Cuba aqueles interceptados ainda no mar.

Segundo as autoridades cubanas, essas "alternativas estimulam a imigração ilegal", além de serem "incoerentes com o contexto bilateral atual", e geram "problemas para outros países da região". 

Havana ainda insiste que essas políticas ajudam a transformar imigrantes em vítimas de redes de traficantes e do crime organizado, uma "problemática que atualmente afeta centenas de cubanos na Costa Rica".

Representantes norte-americanos, no entanto, deixaram claro que o país não tem a intenção de mudar as normas e que o ajuste "continua guiando" a política migratória dos EUA. Cerca de 4.000 cubanos estão presos atualmente na Costa Rica, após tentarem seguir para a Nicarágua, com a intenção de chegar aos EUA.