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Chavistas querem impugnar 22 deputados opositores

Pedestres passam por propaganda com os presidentes Nicolás Maduro e Hugo Chávez, próximo à Assembleia Nacional em Caracas, na Venezuela - Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Pedestres passam por propaganda com os presidentes Nicolás Maduro e Hugo Chávez, próximo à Assembleia Nacional em Caracas, na Venezuela Imagem: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Em Caracas

23/12/2015 13h43

Após criar um "Parlamento paralelo", representantes chavistas agora tentam impugnar 22 deputados, o que acabaria com a "supermaioria" conquistada pela oposição nas eleições do último dia 6, que representou a maior derrota para o governo de Caracas em cerca de 16 anos.   

A coalizão de oposição Mesa de Unidade Democrática (MUD) classificou a ação como uma "tentativa de golpe de Estado judicial contra a vontade do povo".   

"É um recurso contencioso eleitoral, mas acompanhado por uma medida cautelar contra a posse de 22 deputados. Pedimos uma cópia, mas ocorreu uma contraordem da presidente da sala eleitoral da corte e não conseguimos obter o documento", explicou o secretário-executivo da MUD, Jesus Torrealba, em coletiva de imprensa.   

Segundo Torrealba, se trata de "uma operação secreta, mascarada e suicida do governo".   

Questionadas, autoridades do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) disseram não ter recebido tal pedido.   

A MUD conquistou nas últimas eleições 112 das 167 cadeiras na Assembleia Nacional (AN) e, a partir de 5 de janeiro, terá o poder de mudar a legislação, por exemplo. Juízes - Além disso, a atual formação da AN tenta aprovar em sessões extraordinárias os nomes de novos juízes no TSJ. Eles querem esgotar os lapsos legais que possam ser usados pelos opositores.   

Para poder eleger aliados do chavismo, o governo apressou a aposentadoria de 13 magistrados.