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Uruguai tentará vender maconha em farmácia até julho

15.dez.2014 - Pesquisadora inspeciona pé de maconha durante a Expo Cannabis, em um laboratório tecnológico instalado em Montevidéu (Uruguai) - Matilde Campodonico/AP
15.dez.2014 - Pesquisadora inspeciona pé de maconha durante a Expo Cannabis, em um laboratório tecnológico instalado em Montevidéu (Uruguai) Imagem: Matilde Campodonico/AP

Em Montevidéu (Uruguai)

02/06/2016 18h05

O governo do Uruguai quer implementar até o mês de julho a terceira e mais polêmica fase da lei que legalizou a maconha no país. Nesta etapa, a substância poderá ser vendida em farmácias e será produzida somente com licença estatal.

Até o momento, foram colocados em vigor os dois primeiros pontos da reforma, que autorizam o cultivo individual de cannabis e a formação de "clubes de consumidores", após um registro oficial com garantia de confidencialidade.

A terceira etapa recai sobre a venda da maconha em farmácias, situação que desagrada ao presidente, Tabaré Vázquez, que é médico oncologista, e que gera polêmica no Uruguai.

As associações de farmacêuticos temem que a presença de maconha nas lojas aumente o número de roubos, furtos e ações de traficantes. Já as empresas que produzem a maconha em terrenos cedidos pelo Estado analisam se vale a pena colocar o produto à venda nos estabelecimentos.

A maconha autorizada pelo governo deverá ser vendida nas farmácias a um preço mais competitivo que o praticado no mercado ilegal (cerca de US$ 1 por grama), e a promessa é que seja de melhor qualidade, para motivar os consumidores a abandonarem o tráfico clandestino.

Aprovada durante o governo de José Mujica (2010-2015), a lei que legaliza a maconha colocou o Uruguai na vanguarda internacional e transformou o país na primeira nação do mundo a regulamentar cultivo, distribuição e consumo.