Reunião entre Obama e Putin sobre Síria fracassa
O aguardado cara a cara entre os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin, terminou sem acordo sobre um eventual cessar-fogo na guerra civil que atinge a Síria desde 2011.
Os dois líderes tiveram uma reunião bilateral de mais de uma hora durante a cúpula do G20 em Hangzhou, na China, mas não conseguiram chegar a um ponto em comum. Em uma rápida declaração após o encontro, Obama disse que o motivo do fracasso nas negociações é a "falta de confiança".
Por sua vez, Putin se mostrou mais otimista e afirmou que as posições de Moscou e Washington "se aproximaram, contrariando todas as previsões". "Estamos no caminho certo", declarou o presidente russo, acrescentando que um acordo sobre a Síria pode ser alcançado "dentro de poucos dias".
No fim de agosto, a Rússia propôs um cessar-fogo de 48h em Aleppo, que está sob assédio das forças de Bashar al Assad, porém a Casa Branca defende um pacto mais amplo e por mais tempo. Mas essa não é a única diferença que as duas potências precisarão resolver se quiserem chegar a uma trégua.
Para Assad - que é apoiado por Moscou -, todos os rebeldes são terroristas, inclusive os grupos sustentados pelos Estados Unidos. Putin não é tão radical, mas sua posição ficou mais dura nos últimos tempos, denunciando "sobreposições" entre milícias apoiadas por Washington e organizações jihadistas.
Além disso, a Rússia quer que uma eventual transição política na Síria tenha a presença de Assad. Para Obama, sua saída do poder é condição obrigatória para o fim da guerra civil. Também há denúncias de que o presidente sírio teria voltado a usar armas químicas, algo que Moscou se nega a comentar.
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