Uma a cada 8 pessoas não tem acesso à água potável,diz Oxfam
ROMA, 6 DEZ (ANSA) - Ao menos 748 milhões de pessoas em todo mundo, cerca de uma a cada oito, vivem sem acesso à água potável, enquanto outras 2,5 milhões sofrem com a falta de serviços sanitários básicos devido a guerras e catástrofes naturais, afirmou a Oxfam. A instituição internacional, formada por 17 organizações governamentais nacionais que realizam trabalhos humanitários em 90 países sob o lema "trabalhar com os outros para combater a pobreza e o sofrimento", apresentou nesta terça-feira, dia 6, o relatório "#Savinglives: Emergência Água" sobre a condição e disponibilidade deste recurso em todos os cantos do planeta.
O quadro humanitário mostrado no documento marca uma piora permanente: milhares de homens, mulheres, crianças e idosos são castigados por guerras que devastam há anos países como Síria, Iraque, Iêmen e Sudão do Sul.
Além disso, ao menos outras 9 milhões de pessoas são obrigadas a buscar refúgio contra os ataques do grupo extremista Boko Haram no entorno do lago Chad entre a Nigéria, o Níger e o Chade. Tratam-se de guerras, muitas vezes esquecidas, que acabam se somando às catástrofes naturais causados pelas mudanças climáticas, cujos efeitos estão sendo cada vez mais sentidos, prejudicando ainda mais as regiões pobres do planeta como Haiti e Sudão. "Nessas áreas de crises nas quais a Oxfam trabalha a cada dia, intervir pontualmente para garantir água potável, serviços de higiene e sanitários ou um refúgio pode fazer a diferença entre a vida e a morte para famílias inteiras, muitas vezes obrigadas a deixarem tudo e começar do zero em outro país", explicou o coordenador humanitário da Oxfam Italia, Ricardo Sansone. "Até hoje conseguimos ajudar mais de 13,7 milhões de pessoas nas mais graves emergências do planeta, mas devemos e podemos fazer mais", concluiu Sansone. De acordo com o relatório, na Síria e no Iraque mais de 20 milhões de pessoas precisam de água e comida. Após anos de conflito interno, o primeiro país está destruído, com 13,5 milhões de indivíduos dependentes de ajuda humanitária e, dentre eles, 3 milhões têm pouco ou nenhum acesso a alimentos e água potável.
Todos os dias, quase 7 mil sírios se vêm obrigados a deixar o país e, em Aleppo, no noroeste do país, cerca de 275 mil pessoas permanecem presas no confronto entre os rebeldes e as forças do governo, entre combates e bombardeios aéreos, com condições de vida insalubres. Desde o início da ofensiva em Aleppo, a população tem um acesso irregular de água potável na rede pública contando em grande parte das vezes com poços e caminhões-pipa, tendo o risco de beber água contaminada. Já o impacto do conflito humanitário no Iraque, principalmente com a recente operação de reconquista de Mosul, no norte do país, do Estado Islâmico. Estima-se que 10 milhões de pessoas estão deslocadas devido aos combates nesta parte do Iraque, a metade delas é de crianças, todas com necessidades urgentes e desesperadoras, advertiu a instituição. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O quadro humanitário mostrado no documento marca uma piora permanente: milhares de homens, mulheres, crianças e idosos são castigados por guerras que devastam há anos países como Síria, Iraque, Iêmen e Sudão do Sul.
Além disso, ao menos outras 9 milhões de pessoas são obrigadas a buscar refúgio contra os ataques do grupo extremista Boko Haram no entorno do lago Chad entre a Nigéria, o Níger e o Chade. Tratam-se de guerras, muitas vezes esquecidas, que acabam se somando às catástrofes naturais causados pelas mudanças climáticas, cujos efeitos estão sendo cada vez mais sentidos, prejudicando ainda mais as regiões pobres do planeta como Haiti e Sudão. "Nessas áreas de crises nas quais a Oxfam trabalha a cada dia, intervir pontualmente para garantir água potável, serviços de higiene e sanitários ou um refúgio pode fazer a diferença entre a vida e a morte para famílias inteiras, muitas vezes obrigadas a deixarem tudo e começar do zero em outro país", explicou o coordenador humanitário da Oxfam Italia, Ricardo Sansone. "Até hoje conseguimos ajudar mais de 13,7 milhões de pessoas nas mais graves emergências do planeta, mas devemos e podemos fazer mais", concluiu Sansone. De acordo com o relatório, na Síria e no Iraque mais de 20 milhões de pessoas precisam de água e comida. Após anos de conflito interno, o primeiro país está destruído, com 13,5 milhões de indivíduos dependentes de ajuda humanitária e, dentre eles, 3 milhões têm pouco ou nenhum acesso a alimentos e água potável.
Todos os dias, quase 7 mil sírios se vêm obrigados a deixar o país e, em Aleppo, no noroeste do país, cerca de 275 mil pessoas permanecem presas no confronto entre os rebeldes e as forças do governo, entre combates e bombardeios aéreos, com condições de vida insalubres. Desde o início da ofensiva em Aleppo, a população tem um acesso irregular de água potável na rede pública contando em grande parte das vezes com poços e caminhões-pipa, tendo o risco de beber água contaminada. Já o impacto do conflito humanitário no Iraque, principalmente com a recente operação de reconquista de Mosul, no norte do país, do Estado Islâmico. Estima-se que 10 milhões de pessoas estão deslocadas devido aos combates nesta parte do Iraque, a metade delas é de crianças, todas com necessidades urgentes e desesperadoras, advertiu a instituição. (ANSA)
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