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Argentinos mortos em NY comemoravam 30 anos de formatura; saiba quem são as vítimas

Hernán Ferruchi era do grupo de argentinos que celebravam os 30 anos de sua formatura quando morreram em um atentado em Nova York - Facebook/Hernan Ferrucci
Hernán Ferruchi era do grupo de argentinos que celebravam os 30 anos de sua formatura quando morreram em um atentado em Nova York Imagem: Facebook/Hernan Ferrucci

01/11/2017 09h12

Cinco amigos argentinos, uma belga e dois americanos estão entre os mortos do ataque ocorrido em Nova York na terça-feira (31 de outubro), quando um motorista dirigindo uma picape invadiu uma ciclovia em Manhattan e atropelou várias pessoas. Pelo menos 12 ficaram feridas.

As autoridades locais dizem que este é o ataque com o maior número de mortes em Nova York desde o 11 de setembro de 2001.

O Ministério das Relações Exteriores da Argentina identificou as vítimas como Hernán Diego Mendoza, Diego Enrique Angelini, Alejandro Damián Pagnucco, Ariel Erlij e Hernán Ferruchi.

O ministro das Relações Exteriores da Bélgica, Didier Reynders, usou seu perfil no Twitter para anunciar que uma turista belga, que viajava com a irmã e a mãe, também está entre as vítimas do ataque, assim como dois americanos.

Os argentinos estavam em Nova York junto com mais cinco amigos para celebrar o aniversário de sua formatura do segundo grau na Escola Politécnica de Rosário, onde viviam. Um outro integrante do grupo, Martín Ludovico Marro, sobreviveu e está no hospital. Outros quatro saíram ilesos.

A polícia trata o incidente como um ataque terrorista, e o FBI - a polícia federal americana - confirmou que está à frente das investigações.

O motorista da caminhonete, identificado como Sayfullo Habibullaevic Saipov, um homem de 29 anos do Uzbequistão, foi ferido pela polícia.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse à rede CBS que um bilhete foi achado na picape dizendo que o suspeito agia em nome do Estado Islâmico.

Quem são as vítimas?

Os amigos argentinos que viajaram a Nova York tinham entre 45 e 50 anos.

O empresário da área siderúrgica Ariel Erlij, uma das vítimas, foi quem organizou a viagem e chegou inclusive a pagar para dois dos amigos que não tinham condições de arcar com os gastos, segundo o jornal La Nación.

O grupo, formado principalmente por empresários e arquitetos, comemorava os 30 anos de formatura na Escola Politécnica de Rosário.

De acordo com o jornal argentino, os amigos embarcaram no sábado para os Estados Unidos. A primeira parada deles no país foi em Boston, na casa de Martín Marro, que vive ali. Nesta terça (31), viajaram até Nova York e decidiram passear de bicicleta pela cidade.

O governo argentino declarou três dias de luto oficial, e o presidente Mauricio Macri usou o Twitter para prestar condolências às famílias.

Autoridades da Bélgica também confirmaram que Anne-Laure Decadt, de 31 anos, estava entre as vítimas fatais. Ela estava visitando Nova York com sua mãe e duas irmãs. Decadt tem dois filhos, que teriam 3 anos e 3 meses de idade.

No Twitter, o ministro das Relações Exteriores belga Didier Reynder disse que o governo está oferendo apoio à família de Decadt e de mais três belgas que estariam entre os feridos.

Os dois americanos mortos no ataque ainda não foram identificados.

Sobreviventes

O cônsul da Argentina em Nova York, Mateo Estremé, disse ao jornal Clarín que os cinco amigos sobreviventes estavam em estado de choque com o ocorrido e que só souberam da morte dos outros mais tarde. "Eles achavam que podia ter acontecido algo grave com os outros, mas não tinham certeza porque tudo ocorreu muito rápido", disse.

Segundo o diplomata, os dez amigos passeavam de bicicleta pela ciclovia quando Sayfullo Habibullaevic Saipov jogou sua picape em cima das pessoas. Eles estavam em filas de dois em dois, e os que estavam mais próximos da rua foram atingidos.

De acordo com o "Clarín", familiares das vítimas já estão a caminho de Nova York para o reconhecimento dos corpos e os trâmites do traslado até a Argentina.