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América do Norte lidera acidentes aéreos fatais em 2019

Avião Boeing 737 MAX 8 da companhia Ethiopian Airlines. Aeronave do mesmo modelo caiu em março de 2019, matando todas as 157 pessoas a bordo - Divulgação/Boeing
Avião Boeing 737 MAX 8 da companhia Ethiopian Airlines. Aeronave do mesmo modelo caiu em março de 2019, matando todas as 157 pessoas a bordo Imagem: Divulgação/Boeing

Anurag Kotoky

02/01/2020 09h17

(Bloomberg) — O número de acidentes com vítimas fatais no segmento de aviação em 2019 aumentou acima da média de cinco anos, para 20. Mais da metade ocorreu na América do Norte, segundo relatório da Rede de Segurança da Aviação.

Os 20 acidentes mataram 283 pessoas, sendo a maior parte das mortes causadas pelo desastre com a Ethiopian Airlines em março de 2019, quando um 737 Max da Boeing caiu logo após a decolagem, matando todas as 157 pessoas a bordo. Depois do acidente, os voos com o jato foram suspensos.

O total do ano passado incluiu 11 acidentes na América do Norte, em comparação com apenas um na região em 2018 e três em 2017, informou a Rede de Segurança da Aviação. Houve 15 acidentes aéreos em todo o mundo em 2018.

Ainda assim, com base no número de mortes total, 2019 foi o terceiro ano mais seguro de todos os tempos, informou a rede.

A média de cinco anos é de 14 acidentes e 480 mortes, informou a organização holandesa. Os números do ano passado correspondem a um acidente com vítimas fatais a cada quase dois milhões de voos, informou a rede. As estatísticas da organização são baseadas em aeronaves civis certificadas para transportar 14 ou mais passageiros.

Cinco dos desastres na América do Norte no ano passado ocorreram em regiões acidentadas do Alasca e do Canadá, informou a Rede de Aviação. "Apesar do progresso obtido por meio de várias iniciativas de segurança de reguladores canadenses e americanos, essa ainda é uma área de preocupação", segundo o relatório.

O acidente da Ethiopian Airlines foi o segundo envolvendo o 737 Max da Boeing em questão de meses, após a queda de um jato operado pela Lion Air em outubro de 2018. Os eventos colocaram a segurança da aviação sob os holofotes e causaram críticas à Boeing, à Administração Federal de Aviação dos EUA e às companhias aéreas.