Milhares de pessoas realizam marcha contra casamento gay e aborto em Brasília
Brasília, 4 jun (EFE).- Milhares de pessoas realizaram uma marcha de protesto nesta terça-feira em Brasília contra os projetos de lei que propõem a legalização do aborto e do casamento entre os homossexuais.
A manifestação foi convocada pelo Movimento Nacional da Cidadania pela Vida e aconteceu às vésperas de um encontro organizado pelo mesmo grupo, que pretende reunir aproximadamente 100 mil pessoas para protestar contra os projetos na capital.
"O projeto diz, por exemplo, que em caso de estupro, a mãe receberá assistência psicológica, apoio financeiro do Estado e ajuda para que seja reconhecida a paternidade caso decida deixar a criança nascer", disse o vice-presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida, Jaime Ferreira Lopes.
A lei brasileira proíbe o aborto, exceto se gravidez foi resultado de um estupro ou nos casos em que a gestação pode colocar em risco a vida da mãe.
Em ambas as situações, a interrupção da gravidez deve ser autorizada pela Justiça, mas Jaime afirmou que tal norma abriu espaço para "enganos" e "cumplicidades" que favoreceram as praticantes do aborto.
Como exemplo dos "exageros" que a lei permite, segundo sua opinião, citou o caso de "uma mulher casada, que pode ter sido forçada a fazer sexo com seu marido, mas não foi vítima de um estupro" e "alega que foi violentada para ter permissão ao aborto".
Quanto ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, Jaime reiterou que, do ponto de vista religioso, isso representa uma "afronta à vida e à família tradicional", e que tal assunto "não pode ser amparado pela Justiça", ainda mais quando o Congresso não legislou sobre o assunto.
O vice-presidente da organização fez alusão ao projeto criado no dia 14 de maio pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que legalizou judicialmente o casamento gay.
Até essa data, no Brasil só era considerada a "união estável" de homossexuais, equivalente a um casamento, embora seus membros sejam considerados solteiros e tenham limitações quanto a heranças e outras garantias reservadas aos casais heterossexuais.
Segundo a decisão do CNJ, as uniões estáveis agora devem ser transformadas legalmente em casamentos se isso for solicitado e os cartórios do país já não podem se negar a casar dois homossexuais. EFE
ed/nvo/rsd
A manifestação foi convocada pelo Movimento Nacional da Cidadania pela Vida e aconteceu às vésperas de um encontro organizado pelo mesmo grupo, que pretende reunir aproximadamente 100 mil pessoas para protestar contra os projetos na capital.
"O projeto diz, por exemplo, que em caso de estupro, a mãe receberá assistência psicológica, apoio financeiro do Estado e ajuda para que seja reconhecida a paternidade caso decida deixar a criança nascer", disse o vice-presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida, Jaime Ferreira Lopes.
A lei brasileira proíbe o aborto, exceto se gravidez foi resultado de um estupro ou nos casos em que a gestação pode colocar em risco a vida da mãe.
Em ambas as situações, a interrupção da gravidez deve ser autorizada pela Justiça, mas Jaime afirmou que tal norma abriu espaço para "enganos" e "cumplicidades" que favoreceram as praticantes do aborto.
Como exemplo dos "exageros" que a lei permite, segundo sua opinião, citou o caso de "uma mulher casada, que pode ter sido forçada a fazer sexo com seu marido, mas não foi vítima de um estupro" e "alega que foi violentada para ter permissão ao aborto".
Quanto ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, Jaime reiterou que, do ponto de vista religioso, isso representa uma "afronta à vida e à família tradicional", e que tal assunto "não pode ser amparado pela Justiça", ainda mais quando o Congresso não legislou sobre o assunto.
O vice-presidente da organização fez alusão ao projeto criado no dia 14 de maio pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que legalizou judicialmente o casamento gay.
Até essa data, no Brasil só era considerada a "união estável" de homossexuais, equivalente a um casamento, embora seus membros sejam considerados solteiros e tenham limitações quanto a heranças e outras garantias reservadas aos casais heterossexuais.
Segundo a decisão do CNJ, as uniões estáveis agora devem ser transformadas legalmente em casamentos se isso for solicitado e os cartórios do país já não podem se negar a casar dois homossexuais. EFE
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