Topo

Novo grupo de egípcios que fogem da Líbia chega à fronteira com a Tunísia

23/02/2015 11h31

Tunísia / Túnis, 23 (EFE).- Pelo menos 200 egípcios que fogem da guerra civil e do avanço do Estado islâmico (EI) na Líbia chegaram nesta segunda-feira ao posto fronteiriço de Ras Jedir, no sudeste da Tunísia, informaram à Agência Efe fontes locais da região fronteiriça de Medenin.

Um segundo grupo, com pelo menos 550 trabalhadores egípcios -e que tinha cruzado a fronteira dias atrás- foi levado nesta segunda-feira até o aeroporto da próxima ilha turística de Jerba, desde onde partiram rumo ao Cairo.

Os ministérios de Relações Exteriores do Egito e Tunísia fizeram uma ponte aérea para evacuar os trabalhadores egípcios na Líbia, que fogem em massa do país desde que na semana passada foi divulgado um vídeo no qual supostos carrascos do braço líbio do Estado Islâmico assassinavam 20 operários coptas na cidade litorânea de Sirte, no centro-leste da Líbia.

O Egito, que apoia militarmente e financeiramente o governo líbio internacionalmente reconhecido e exilado em Tobruk, respondeu com dois bombardeios sobre posições do Estado Islâmico em seu reduto líbio, a cidade oriental de Derna.

O envolvimento do Egito na guerra civil da Líbia acentuou ainda mais o perigo para os milhares de seus cidadãos que vivem e trabalham nesse país.

A fuga dos egípcios permitiu que desde o sábado fosse reiniciada a atividade normal do posto fronteiriço de Ras Jedir, que tinha sido ocupado e fechado por cidadãos tunisianos em protesto pela imposição de uma taxa de saída para os cidadãos líbios, assim como em reivindicação por um plano de desenvolvimento regional.

Fontes sindicais explicaram à Agência Efe que a cessação dos protestos cidadãos "tem um caráter provisório" até o próximo sábado, prazo concedido ao governo para a anulação da taxa de saída "em espera do plano de desenvolvimento regional".

Segundo cálculos de instâncias internacionais, pelo menos 250 mil egípcios trabalham no país vizinho apesar da piora da situação de crise e violência na Líbia.EFE

ma/ff