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Opositores venezuelanos em greve de fome conversam com papa Francisco

10.jun.2015 - Os oposicionistas venezuelanos Martín Paz e José Vicente García seguram bandeira da Venezuela após conversa com o papa Francisco, no Vaticano - Paola Bruni/Efe
10.jun.2015 - Os oposicionistas venezuelanos Martín Paz e José Vicente García seguram bandeira da Venezuela após conversa com o papa Francisco, no Vaticano Imagem: Paola Bruni/Efe

Na Cidade do Vaticano

10/06/2015 14h14

Os dois opositores venezuelanos que estão em greve de fome nas imediações do Vaticano em protesto contra as políticas do governo de Nicolás Maduro conversaram nesta quarta-feira (10) com o papa Francisco.

Fontes da Santa Sé disseram à Agência Efe que os dois vereadores da cidade venezuelana de San Cristóbal em greve de fome desde a última sexta-feira, José Vicente García e Martín Paz, assistiram à audiência geral de hoje e depois cumprimentaram e trocaram algumas palavras com o papa Francisco.

Devido as suas condições de saúde, os opositores compareceram à audiência em cadeira de rodas. Ambos carregavam a bandeira da Venezuela, um sobre as pernas e o outro sobre as costas.

Após as saudações com o papa Francisco, os opositores deram por encerrada a greve de fome.

Nas próximas horas devem entregar um comunicado a Santa Sé em que descreverão os motivos de seu protesto e o pedido para que o comunicado chegue ao papa Francisco.

Os dois vereadores iniciaram a greve de fome na sexta-feira com a intenção de chamar a atenção da Santa Sé e fazer três pedidos ao pontífice: sua mediação para que o governo venezuelano ponha em liberdade os presos políticos, sua intercessão nos organismos internacionais como Nações Unidas, Organização dos Estados Americanos ou Corte Internacional de Direitos Humanos para que conheçam a situação no país.

Finalmente, pediram para serem recebidos pelo papa para que ele "escute de viva voz a situação de perseguição, repressão e humilhação das liberdades na Venezuela".

O protesto coincidiu com a visita que estava prevista do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ao Vaticano. Ele seria recebido em audiência privada pelo papa, mas a viagem foi suspensa "por recomendação médica".

"Os médicos me obrigaram a ficar em repouso e é o que estou fazendo agora. De fato tive que, por recomendação médica, suspender a viagem a Roma", explicou Maduro no sábado durante uma videoconferência transmitida pela televisão estatal "VTV".