Alemanha e Áustria exigem 5 bilhões de euros para refugiados no Oriente Médio
Alemanha e Áustria exigiram neste sábado um pacote imediato de ajuda humanitária no valor de cinco bilhões de euros (R$ 23 bilhões) para melhorar a situação nos campos de refugiados no Oriente Médio.
O chanceler federal austríaco, Werner Faymann, e o vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, ambos líderes de seus respectivos partido social-democratas, afirmaram após uma reunião em Viena que esse dinheiro deveria vir da União Europeia (UE), dos Estados Unidos e também dos países ricos do Golfo Pérsico.
"Devemos ajudar os países onde a miséria é tão grande que as pessoas decidem sair. Se o povo não tem que comer e beber, que outra coisa podem fazer além de fugir? Nenhuma cerca do mundo vai pará-los", disse Gabriel em entrevista coletiva.
Os países vizinhos da Síria, em guerra civil há quase cinco anos, acolheram milhões de sírios, sobretudo Turquia, Líbano e Jordânia.
A UE, os Estados Unidos e os países árabes deveriam fornecer mais ajuda, assinalou o vice-chefe de governo alemão, que disse ter recebido apoio nesse sentido durante uma recente viagem pela região do Golfo.
Gabriel lembrou que o programa de alimentação da ONU teve que reduzir suas ajudas mensais para os refugiados de US$ 27 para US$ 13 por causa da falta de recursos.
Faymann, por sua vez, criticou as cercas que a Hungria está construindo em suas fronteiras com Sérvia, Croácia e Romênia.
"Um país pode construir uma cerca e tentar entregar as tarefas humanitárias aos seus vizinhos, mas para certos problemas do mundo não bastam soluções nacionais", disse o chanceler federal austríaco.
É necessária "solidariedade internacional para encontrar uma solução e uma ordem humana", concluiu Faymann.
A Alemanha acolheu nas duas últimas semanas dezenas de milhares de refugiados de guerra, que entraram no país pela Áustria, outros país que receberá este ano dezenas de milhares de asilados.
Gabriel e Faymann participam desde ontem de um encontro de líderes social-democratas na capital austríaca, que também conta com a presença dos primeiros-ministros da França e da Suécia, Manuel Valls e Stefan Löfven.
O chefe de governo escandinavo, cujo país é, junto com a Alemanha, o principal destino dos refugiados do Oriente Médio, reiterou que a Europa vive uma "crise de responsabilidade".
Em declarações à agência "APA", Löfven insistiu hoje na necessidade de encontrar rápido uma solução ao problema da distribuição dos refugiados entre os 28 países da UE.
Para isso, a Suécia apoiaria uma decisão majoritária no Conselho Europa, ou seja, não com o tradicional consenso, para impor cotas obrigatórias de repartição de refugiados.
"Não descartamos uma maioria qualificada, porque precisamos de avanços", concluiu o primeiro-ministro sueco.
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