Mugabe critica juízes do Zimbábue por permitirem protestos contra o governo
Harare, 4 set (EFE).- O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, criticou os juízes que autorizaram os recentes protestos contra seu governo e que resultaram violentos confrontos entre a polícia e manifestantes, e os qualificou de "imprudentes", informou a imprensa local neste domingo.
No final de agosto, a polícia usou gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersar manifestantes de um protesto organizado por partidos da oposição para reivindicar reformas eleitorais.
Apesar de um tribunal ter autorizado a manifestação, os agentes dispersaram os participantes, que depois responderam arremessando pedras, queimando pneus e levantando barricadas.
"(Nossos tribunais e juízes) não podem ser negligentes em suas decisões quando os pedidos são feitos por pessoas que querem se manifestar", opinou Mugabe, citado pelo portal "New Zimbabwe".
O líder responsabilizou os manifestantes pelos distúrbios e os classificou como "grupos violentos" que querem iniciar protestos ao estilo da Primavera Árabe.
Nas palavras do presidente zimbabuano, a única intenção dos manifestantes é "causar violência", por isso as autorizações judiciais que permitem este tipo de concentrações são "imprudentes". A oposição considerou que, com essas declarações, Mugabe está tenta "intimidar" o Poder Judiciário.
A ONG Human Rights Watch (HRW) criticou diversas vezes a "brutal" repressão do governo contra os manifestantes e pediu aos países da região que atuem o mais rápido possível para freá-lo.
Mugabe está no poder desde 1987 e voltará a se candidatar nas eleições de 2018, mas nos últimos meses teve que multiplicar esforços para evitar as tensões dentro de seu partido, a União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (Zanu-PF).
A difícil situação econômica e a corrupção endêmica que sofre o país começaram a criar divisões dentro do Zanu-PF, onde já há facções que apoiam diferentes candidatos para substituir Mugabe.
No final de agosto, a polícia usou gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersar manifestantes de um protesto organizado por partidos da oposição para reivindicar reformas eleitorais.
Apesar de um tribunal ter autorizado a manifestação, os agentes dispersaram os participantes, que depois responderam arremessando pedras, queimando pneus e levantando barricadas.
"(Nossos tribunais e juízes) não podem ser negligentes em suas decisões quando os pedidos são feitos por pessoas que querem se manifestar", opinou Mugabe, citado pelo portal "New Zimbabwe".
O líder responsabilizou os manifestantes pelos distúrbios e os classificou como "grupos violentos" que querem iniciar protestos ao estilo da Primavera Árabe.
Nas palavras do presidente zimbabuano, a única intenção dos manifestantes é "causar violência", por isso as autorizações judiciais que permitem este tipo de concentrações são "imprudentes". A oposição considerou que, com essas declarações, Mugabe está tenta "intimidar" o Poder Judiciário.
A ONG Human Rights Watch (HRW) criticou diversas vezes a "brutal" repressão do governo contra os manifestantes e pediu aos países da região que atuem o mais rápido possível para freá-lo.
Mugabe está no poder desde 1987 e voltará a se candidatar nas eleições de 2018, mas nos últimos meses teve que multiplicar esforços para evitar as tensões dentro de seu partido, a União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (Zanu-PF).
A difícil situação econômica e a corrupção endêmica que sofre o país começaram a criar divisões dentro do Zanu-PF, onde já há facções que apoiam diferentes candidatos para substituir Mugabe.
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