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Rajoy promete diálogo e considera "razoável" apoio do PSOE

24/10/2016 10h48

Madri, 24 out (EFE).- O presidente do governo interino da Espanha, o líder do Partido Popular (PP, centro-direita) Mariano Rajoy, disse nesta segunda-feira que está "aberto ao diálogo e ao entendimento" com a oposição e considerou "razoável" a atitude do Partido Socialista e Operário da Espanha (PSOE), que facilitará sua reeleição à frente do Executivo esta semana.

A direção do PSOE aprovou ontem, em meio a uma forte divisão, que seus parlamentares deverão se abster no debate de posse que acontecerá no Congresso dos Deputados, o que permitirá a reeleição de Rajoy no final desta semana.

Durante um ato público, o líder do PP manifestou sua confiança de que a Espanha poderá contar em breve com um governo "com funções plenas", que poderá continuar zelando pelos "interesses e o bem-estar" de todos.

Desde as eleições de dezembro de 2015, o Executivo de Rajoy tem competências limitadas e, na repetição do pleito realizada em junho deste ano, não houve mudanças significativas na composição do parlamento, por isso, o Congresso não outorgou até agora sua confiança a um candidato proposto pelo rei Felipe VI.

O monarca realiza entre hoje e amanhã uma rodada de contatos com líderes parlamentares para sondar se poderá propor um candidato à chefia de governo, que previsivelmente será Rajoy.

O líder do PP não quis fazer comentários sobre isso, mas acrescentou que irá fazê-lo "no parlamento", em uma menção implícita ao debate de sua posse.

A resolução aprovada pela direção do PSOE apela a sua responsabilidade para "desbloquear" a situação institucional, mas também cita uma série de "objetivos inadiáveis" que os socialistas se comprometem a "defender diante do governo e do conjunto das forças políticas".

Entre esses objetivos está a derrogação da reforma trabalhista, a convocação do acordo para a manutenção das pensões, a abertura de um diálogo no Congresso sobre o modelo territorial, a luta contra a corrupção e um grande pacto de Estado contra a violência de gênero. EFE

nac/rpr