Trump culpa imprensa "falsa" e vazamentos ilegais por renúncia de assessor
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, culpou nesta quarta-feira (15) os veículos de imprensa "falsos" e os vazamentos ilegais pela renúncia de Michael Flynn do posto de conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, após o general reformado ter mentido sobre contatos mantidos com a Rússia.
Em entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, Trump disse que a imprensa tratou Flynn de forma muito injusta. Ontem, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, disse que o próprio presidente pediu a renúncia do agora ex-assessor por ter perdido a confiança nele.
Trump disse que o que ocorreu com Flynn, que para ele é "um homem maravilhoso", foi injusto. Segundo o presidente, o escândalo envolvendo os contatos entre o ex-assessor e a Rússia é uma estratégia para "encobrir" a "terrível derrota" sofrida pelos democratas com Hillary Clinton nas eleições presidenciais.
Foram os primeiros comentários de Trump sobre a renúncia de Flynn, anunciada na última segunda-feira e que se transformou na primeira grande crise de seu governo.
Flynn mentiu para o vice-presidente do país, Mike Pence, e para outros membros do alto escalão do governo sobre seu contato com o embaixador russo em Washington, Serguei Kislyak, com quem conversou sobre as sanções contra o Kremlin durante e depois da campanha eleitoral que culminou na vitória de Trump.
Por esse motivo, Trump decidiu pedir que ele renunciasse ao cargo, disse a Casa Branca ontem.
No fim da entrevista coletiva, Trump se recusou a responder às perguntas dos jornalistas sobre as recentes informações que revelam as conexões de membros de sua campanha com a Rússia.
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