Polícia confirma identidade de morto na Malásia como sendo Kim Jong-nam
A polícia da Malásia confirmou nesta sexta-feira (10) que Kim Chol, o norte-coreano assassinado no último dia 13 de fevereiro no aeroporto de Kuala Lumpur, é Kim Jong-nam, o irmão mais velho do líder do regime da Coreia do Norte, Kim Jong-un.
O chefe da Polícia malaia, Khalid Abu Bakar, não quis dizer durante uma entrevista coletiva à imprensa em Kuala Lumpur como foi confirmada a identidade da vítima, após as autoridades insistirem nas últimas semanas que eram necessários testes de de DNA para conseguir a verificação definitiva.
Kim Jong-nam tinha entrado na Malásia vindo de Macau com um passaporte no nome de Kim Chol.
Segundo Abu Bakar, os exames para identificar a vítima foram concluídos e o corpo será entregue ao Ministério da Saúde, que terá que decidir o que fazer com ele caso nenhum familiar se manifeste para levá-lo.
O ministro da Saúde da Malásia, S. Subramaniam, afirmou à imprensa no dia 26 de fevereiro que o irmão mais velho do líder norte-coreano morreu após ser atacado com o agente VX, uma arma química letal de uso muito restrito.
"A quantidade de VX (no corpo) era tão alta que afetou seu coração e seu pulmão", afirmou o ministro.
A investigação realizada pela Malásia criou um conflito diplomático entre o regime norte-coreano, que reivindica o corpo, e o governo de Putrajaya, que quer continuar os procedimentos estabelecidos por suas leis.
Já as autoridades da Coreia do Sul atribuem o assassinato a agentes norte-coreanos.
O primeiro-ministro malaio, Najib Razak, escreveu nesta sexta-feira em seu blog que "a Malásia sempre manteve boas relações com todos os países. No entanto, isto não quer dizer que possam tirar proveito da hospitalidade malaia (...) e violar nossas leis".
Razak descartou romper as relações diplomáticas com a Coreia do Norte e aposta em uma solução via diálogo.
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