Sinn Féin adverte que acordo entre May e DUP será ruim para Irlanda do Norte
Dublin, 12 jun (EFE).- O partido nacionalista Sinn Féin advertiu nesta segunda-feira que "qualquer acordo" entre o Partido Democrático Unionista (DUP, sigla em inglês) e a primeira-ministra britânica Theresa May para formar governo no Reino Unido será ruim para os interesses da Irlanda do Norte.
O presidente do Sinn Féin, Gerry Adams, fez essas declarações no castelo de Stormont, a sede da assembleia norte-irlandesa, no início de uma nova rodada de conversações voltadas para estabelecer um Executivo de poder compartilhado entre protestantes e católicos em Belfast, após as eleições autônomas de março.
O líder nacionalista pediu que as forças "progressistas" rejeitassem o estabelecimento de "qualquer acordo" entre os unionistas e os "tories (conservadores) ingleses" que "solape o acordo de Sexta-feira Santa", o texto que lançou em 1998 o processo de paz na Irlanda do Norte.
Adams lembrou que o próprio primeiro-ministro da Irlanda, o conservador Enda Kenny, manifestou "preocupação" pela possibilidade de DUP e May chegarem a um acordo de governo, pois Londres e Dublin devem agir como moderadores neutros nas negociações entre os partidos norte-irlandeses e como garantidores do processo democrático.
Nesse sentido, o presidente do Sinn Féin, o antigo braço político do agora inativo Exército Republicano Irlandês (IRA, sigla em inglês), também louvou o fato de Leo Varadkar, que sucederá Kenny à frente do governo irlandês esta semana, compartilhar as mesmas inquietações sobre a relação entre unionistas e conservadores.
A líder do DUP e ex-ministra principal da Irlanda do Norte, Arlene Foster, garantiu que trabalhará com May para conseguir um acordo de governo que ofereça "estabilidade" em um "momento de desafios" para a província britânica e o Reino Unido.
Após perder a maioria parlamentar nas eleições gerais da última quinta-feira, o Partido Conservador da premiê britânica necessita agora das dez cadeiras conseguidas pelo DUP para se manter no poder.
May pretende liderar um Executivo em minoria com o apoio dos unionistas norte-irlandeses, com os quais chegou a um princípio de acordo que não implica a formação de uma coalizão, mas que suporia uma ajuda parlamentar para aprovar leis pontuais.
"Quando eu me reunir com a primeira-ministra amanhã em Londres, serei consciente da nossa responsabilidade para tentar conseguir estabilidade para a nação neste momento de desafios", escreveu hoje Foster no jornal "Belfast Telegraph".
Entre esses desafios, Adams comentou, por sua vez, que a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) é o "trem que se aproxima" e considerou que a Irlanda do Norte "deve estar preparada" para assumir suas responsabilidades, depois que a região rejeitou o "Brexit" no referendo de 23 de junho.
O dirigente republicano também insistiu que a população da província precisa de "um Executivo unido, com visão de longo prazo" para fazer frente ao impacto do divórcio entre Londres e Bruxelas.
A líder do DUP se viu obrigada a deixar o governo de Belfast após a renúncia em janeiro de seu adjunto, Martin McGuinness, o líder do Sinn Féin na Irlanda do Norte e que acabou falecendo em março deste ano, o que levou Londres a realizar eleições antecipadas na província.
O Sinn Féin ficou a apenas uma cadeira do DUP, mas ainda não conseguiu aproximar posições para formar um novo governo, apesar de o Executivo britânico ter advertido que poderia suspender indefinidamente a autonomia regional e realizar novas eleições se não houver acordo antes de 29 de junho.
O presidente do Sinn Féin, Gerry Adams, fez essas declarações no castelo de Stormont, a sede da assembleia norte-irlandesa, no início de uma nova rodada de conversações voltadas para estabelecer um Executivo de poder compartilhado entre protestantes e católicos em Belfast, após as eleições autônomas de março.
O líder nacionalista pediu que as forças "progressistas" rejeitassem o estabelecimento de "qualquer acordo" entre os unionistas e os "tories (conservadores) ingleses" que "solape o acordo de Sexta-feira Santa", o texto que lançou em 1998 o processo de paz na Irlanda do Norte.
Adams lembrou que o próprio primeiro-ministro da Irlanda, o conservador Enda Kenny, manifestou "preocupação" pela possibilidade de DUP e May chegarem a um acordo de governo, pois Londres e Dublin devem agir como moderadores neutros nas negociações entre os partidos norte-irlandeses e como garantidores do processo democrático.
Nesse sentido, o presidente do Sinn Féin, o antigo braço político do agora inativo Exército Republicano Irlandês (IRA, sigla em inglês), também louvou o fato de Leo Varadkar, que sucederá Kenny à frente do governo irlandês esta semana, compartilhar as mesmas inquietações sobre a relação entre unionistas e conservadores.
A líder do DUP e ex-ministra principal da Irlanda do Norte, Arlene Foster, garantiu que trabalhará com May para conseguir um acordo de governo que ofereça "estabilidade" em um "momento de desafios" para a província britânica e o Reino Unido.
Após perder a maioria parlamentar nas eleições gerais da última quinta-feira, o Partido Conservador da premiê britânica necessita agora das dez cadeiras conseguidas pelo DUP para se manter no poder.
May pretende liderar um Executivo em minoria com o apoio dos unionistas norte-irlandeses, com os quais chegou a um princípio de acordo que não implica a formação de uma coalizão, mas que suporia uma ajuda parlamentar para aprovar leis pontuais.
"Quando eu me reunir com a primeira-ministra amanhã em Londres, serei consciente da nossa responsabilidade para tentar conseguir estabilidade para a nação neste momento de desafios", escreveu hoje Foster no jornal "Belfast Telegraph".
Entre esses desafios, Adams comentou, por sua vez, que a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) é o "trem que se aproxima" e considerou que a Irlanda do Norte "deve estar preparada" para assumir suas responsabilidades, depois que a região rejeitou o "Brexit" no referendo de 23 de junho.
O dirigente republicano também insistiu que a população da província precisa de "um Executivo unido, com visão de longo prazo" para fazer frente ao impacto do divórcio entre Londres e Bruxelas.
A líder do DUP se viu obrigada a deixar o governo de Belfast após a renúncia em janeiro de seu adjunto, Martin McGuinness, o líder do Sinn Féin na Irlanda do Norte e que acabou falecendo em março deste ano, o que levou Londres a realizar eleições antecipadas na província.
O Sinn Féin ficou a apenas uma cadeira do DUP, mas ainda não conseguiu aproximar posições para formar um novo governo, apesar de o Executivo britânico ter advertido que poderia suspender indefinidamente a autonomia regional e realizar novas eleições se não houver acordo antes de 29 de junho.
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